Mais: repertório; Cine.Ema e Cineclube Contestado
Está disponível nas plataformas digitais o álbum Calango no Congo, que reúne compositores, instrumentistas e intérpretes mineiros e capixabas. A iniciativa nasceu do encontro artístico do poeta e letrista capixaba Gilson Soares com o cantor, compositor e instrumentista mineiro Victor Batista, promovido pelo Sítio Alegria Alegria.

Victor e Gilson são os autores de seis das dez canções que compõem o repertório do álbum, que é marcado por bastante moda de viola. O músico capixaba Marcos Côco foi encarregado dos arranjos e da direção musical do disco. Além disso, participou das gravações como instrumentista (violão/viola caipira) e intérprete.
Equipe
Fazem parte da equipe o percussionista mineiro Carlinhos Ferreira, o acordeonista capixaba Breno Brício, o músico baiano, radicado em São Paulo, Rodrigo Sestrem, e as cantoras capixabas Laíssa Gamaro e Relva Rodrigues, que formam o Duo Êmana. A equipe também conta com o contrabaixista capixaba Jackson Pinheiro, que atuou, ainda, na mixagem e masterização do álbum.
Repertório
No repertório há diversidade de ritmos e criações musicais, mas a síntese da proposta está na faixa que dá título ao álbum. Nela, Victor e Gilson propõem um percurso do Calango pelos estados do Sudeste brasileiro até chegar ao Espírito Santo, onde se encontra com as Bandas de Congo. As dez faixas do disco foram gravadas no Estúdio 7, no Sítio Alegria Alegria, localizado na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, na Serra do Caparaó.
Orquestra Sinfônica no Cine.Ema
A Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (OSES) se apresentará na abertura do Festival Cine.Ema – Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo, no próximo dia 13, às 15h, na Reserva Ambiental Águia Branca, em Vargem Alta, sul do Estado. A apresentação será seguida de sessão de cinema ao ar livre. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas. Para participar é necessário retirar o ingresso neste link.
Regenerar

Para 2025, o Cine.Ema adota o conceito de Regenerar, no intuito de renovar o olhar, as conexões com a natureza, a esperança e a urgência ambiental. “O planeta pede mais do que só preservar. Escolhemos este tema porque precisamos imaginar outros futuros e agir para alcançá-los. Acreditamos que o cinema faz isso de um jeito único: ele alerta, emociona, incomoda e nos mostra mundos possíveis, nos faz acreditar que dá para ser diferente. Cada filme é um convite para a pessoa refletir e (se) transformar em novos hábitos e atitudes”, explica a diretora-geral da Caju Produções, Tania Silva.
Cineclube Contestado
O Cineclube Contestado vai exibir, no próximo sábado (13), o documentário Cotaxé – o Efêmero Estado União de Jeová, baseado no livro Cotaxé, do jornalista Adilson Vilaça. A atividade será às 19h, na Casa Comuna, no distrito de Cotaxé, Ecoporanga, noroeste do Espírito Santo. A exibição dará início a uma série de seis sessões mensais com obras audiovisuais que, de alguma forma, trazem debate sobre a luta pela terra.
O documentário
O documentário conta a história da tentativa de criar, na região, o Estado União de Jeová, uma nova unidade federativa em uma região de contestado, disputada por Minas Gerais e Espírito Santo e, por isso, abandonada por ambos, que não investiam na localidade com medo de perder a disputa pelo território e, portanto, o investimento feito nele.
O documentário II
A ideia de criação de um novo Estado partiu do professor baiano Udelino Alves, a grande liderança do movimento, comparado a Antônio Conselheiro. O movimento teve Ecoporanga como epicentro. A expectativa era de que Cotaxé seria a capital do novo Estado, que abrangeria municípios do Espírito Santo, a exemplo de Mucurici, Montanha, Pinheiros e Boa Esperança, e de Minas Gerais, como Teófilo Ottono e Nanuque.
Programação
Os demais filmes a serem exibidos serão Roubada da Bandeira, A Guerrilha do Caparaó, Camponeses do Araguaia – a guerrilha vista por dentro, Guerra de Canudos, Faça o que precisa ser feito: a vida de José Maria Coutinho e Arte de Lutar. Este último, em parceria com o Cineclube Avesso. Vander Costa, coordenador do Cineclube Contestado, afirma que a escolha das obras teve como base tratar de questões que tenham afinidade com a luta camponesa em Cotaxé.
Até a próxima coluna!
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