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Bonecas proporcionam representatividade para crianças ciganas

Mais: doação das bonecas; livro sobre saga cigana; aniversário da Academia Espírito-Santense

Bonecas de pano, feitas por um grupo de artesãs do Núcleo Produtivo da Cultura Capixaba, na Ilha das Caieiras, em Vitória, são o instrumento utilizado por essa mulheres, comandadas pela artesão Jupiara Silva, em busca de representantividade para meninas ciganas. A ideia partiu da jornalista, escritora e doutoranda em Artes pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Déborah Sathler, que estuda grupos ciganos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A pesquisa de Doutorado de Déborah, que estuda 70 clãs ciganos no Sapê do Norte, região que abarca os municípios de São Mateus e Conceição da Barra, foi essencial para a confecção da boneca. A pesquisadora destaca que essa contribuição se deu, por exemplo, por meio do estudo do “modo de ser cigano”, ou seja, os símbolos referentes a essa cultura, como as roupas e acessórios. As bonecas, afirma, foram feitas baseadas em Nilcélia Jesus Santos, da Associação Municipal de Etnia Cigana de São Mateus (Amec), uma das maiores lideranças do povo cigano no Espírito Santo.

Doação

As primeiras bonecas foram doadas para meninas do acampamento cigano de Campo Verde, em Cariacica. Durante o evento, as crianças participaram de uma roda de conversa e leitura de textos da poeta Cecília Meireles, que tinha origem cigana. A ideia, agora, é fazer a comercialização das bonecas, a partir desta quarta-feira (30), no link. Parte do dinheiro arrecadado será destinado a esse mesmo acampamento, para compra de máquinas de costura para que as mulheres possam, não somente, fazer as bonecas, mas também outros produtos artesanais.

Espelhos

Desde 2017, bem antes de dar início à confecção das bonecas, Jupiara já tocava em frente o projeto Espelhos, por meio do qual são feitas bonecas negras para preservar a identidade do povo preto. Ela criou a iniciativa, relata, quando viu a necessidade de dar bonecas negras para sua filha, que na época tinha 12 anos. “É importante para a criança brincar com algo que constrói nossa identidade e nos fortalece”, defende.

Saga Cigana

Redes Sociais

Déborah é autora do livro A Saga Cigana – História Oral de Vida: Identidade e Gênero, a venda por R$ 70,00 no site da editora Cousa. Na obra, a autora discute temas como a chegada dos ciganos no território brasileiro com o degredo colonial, o “ser” cigano, suas negociações culturais, identidades híbridas, cultura do patriarcado, conflitos étnicos, isolamento no Rio de Janeiro e negociação com a Umbanda.

Chegada dos ciganos

O Rio de Janeiro foi o local do estudo, segundo Déborah, por ter sido lá a chegada dos ciganos no Brasil, no período colonial. Por isso, há um histórico maior de mobilizações, inclusive, com criação de associações, como a União Cigana do Brasil. No Espírito Santo, aponta a jornalista, essas iniciativas são bem mais recentes. o livro é fruto da dissertação de mestrado de Déborah, feito na Universidade do Grande Rio (Unigranrio).

Aniversário da AEL

Divulgação

A Academia Espírito-santense de Letras (AEL) inicia as comemorações dos seus 104 anos de fundação com uma noite de lançamento de obras literárias, que será realizada no dia 30 de julho, das 18h30 às 21h, na Biblioteca Pública Municipal Adelpho Poli Monjardim, no Centro de Vitória. Durante o evento serão distribuídos ao público sete títulos: cinco livros e duas revistas.

Aniversário da AEL II

Fazem parte dos lançamentos a Revista da AEL, chamada Folha Literária e os volumes da Coleção Escritos de Vitória – “Causos de Vitória”; Coleção Roberto Almada – “Adelpho Poli Monjardim – Vida e Obra”; Coleção José Costa – “Saul de Navarro: A vida em sonhos”; Coleção José Costa: “Vento sul”, de Carmélia Maria de Souza; e a Coleção José Costa: “História da Província do Espírito Santo”, de Misael Ferreira Pena.

Fórum das Academias de Letras

Haverá outras ações em comemoração ao aniversário da AEL. No dia 9 de setembro, a Academia realizará o 1º Fórum das Academias de Letras do Espírito Santo, com programação à tarde, na Assembleia Legislativa, e à noite, no Palácio da Cultura Sônia Cabral, na Cidade Alta, Centro de Vitória. No dia 11 de setembro, das 18h30 às 21h, o Palácio da Cultura Sônia Cabral receberá a festa de comemoração dos 104 anos da instituição, com solenidade, apresentação musical, homenagens e entrega de placas comemorativas.

Homenagem a Tim Maia

A Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira vai iniciar, em Vitória, uma turnê nacional em homenagem ao cantor e compositor Tim Maia. A iniciativa integra o Projeto Ídolos Orquestrados e inclui apresentações no dia 8 de agosto, às 20h, e 9 de agosto, em duas sessões, às 16h e 19h, no Teatro Universitário, na Ufes, campus de Goiabeiras. O espetáculo vai reunir orquestra, vozes, balé e teatro, com mais de 40 artistas no palco interpretando sucessos do artista. Os ingressos serão disponibilizados gratuitamente, a partir do dia 29 de julho, por ordem de retirada, nas bilheterias digitais a serem divulgadas no Instagram da Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira.

Até a próxima coluna!

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