Mais: critérios para inscrição; documentário sobre o Fubica; monólogo no Sônia Cabral
A 4ª Mostra Nacional CineMarias, cujo tema este ano é “Fabular Novos Futuros”, prorrogou as inscrições para filmes de todo o Brasil até a próxima quarta-feira (18). As produções audiovisuais devem ser dirigidas por mulheres cis, trans, travestis e pessoas não-binárias. As selecionadas concorrem aos troféus de Melhor Filme Capixaba e Melhor Filme Nacional, com premiações de R$ 2 mil para cada categoria.

Os curtas serão exibidos na programação da Mostra CineMarias, que acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto, no Cine Metrópolis, no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória. Para as inscrições, serão aceitos curtas-metragens de todos os gêneros, incluindo obras ficcionais, não ficcionais e animações. Não serão aceitos videoclipes, fashion filmes, episódios de séries ou obras publicitárias.
Ano de produção
Os filmes devem ter sido produzidos no Brasil entre janeiro de 2023 e 10 de maio deste ano, com duração de no máximo 25 minutos, incluídos os créditos. Além disso, as obras devem possuir cópia de exibição em arquivo digital. Inspirada na Lei Maria da Penha, a Mostra CineMarias se propõe a refletir de forma poética, por meio da arte e da educação, a mazela social que é a violência contra a mulher e a falta de representação feminina no cinema, na mídia e nos espaços de poder.
‘Fabular novos futuros’

De acordo com a organização da mostra, o tema “Fabular novos futuros” reivindica o direito de sonhar e criar futuros possíveis a partir da natureza, da liberdade, da igualdade de acessos e oportunidades para os corpos e identidades femininas. “Este é o nosso convite: ocupar o nosso corpo-tela com a imensidão dos nossos sonhos. O futuro, aqui e agora, não será mais pensado como algo distante ou desconectado do presente, mas, sim, a partir da natureza, da força do encontro de lideranças femininas e da reconstrução da nossa relação com a Terra e do desejo de um mundo mais igualitário”.
Fubica em documentário
O trio elétrico Fubica, inspirado no primeiro trio elétrico do Brasil, o Fubica Dodô e Osmar, de Regência Augusta, em Linhares, no norte, é o personagem principal do longa metragem Fubica: o filme, que será lançado na próxima sexta-feira (20), às 19h, no Cine Ritz Conceição, em Linhares. Além da exibição do documentário, haverá cerveja artesanal para o público, show de Weverson Pessoti e do Trio Fubica.
Quem fez?
O filme tem direção geral e direção de fotografia de Daniel Bittencourt, que produz o trabalho em parceria com Bruno Sibilio. A produção executiva é da musicista e produtora cultural Bella Nogueira. “Um dia, fiquei curioso e resolvi pesquisar na internet sobre o Fubica. Não tinha nada de interessante sobre a história do trio! Foi aí que me deu aquele estalo: se não tem nada, agora vai ter. Essa ideia surgiu na pandemia, momento em que perdemos muitos amigos e conhecidos. E então me convenci da dádiva que seria produzir algo culturalmente relevante para nossa cidade e até para além do Espírito Santo”, diz Bittencourt.
Processo de produção
Daniel relata que as filmagens aconteceram entre 2023 e 2025, com cenas in loco no carnaval do trio Fubica e seu regente Dalcenir no comando da festa. Duas das entrevistas acontecerem na casa de artes do artista plástico e músico Vaninho Bragato, em Regência, que ao lado de Wallace Elias é compositor da canção Esquina com Rio Doce, presente no longa-documentário. Dalcenir Porto também foi entrevistado.
Processo de produção II
Também foram ouvidos Daniel Porto, irmão do regente; Hélio dos Santos, músico que tocou por 30 anos no Fubica; José Elpídio Quitiba, integrante da banda; e o arquiteto Nilson Freire, que tem um disco raro de vinil da banda Sanroteck, de 1982, trilha que ilustra o filme. “O resultado de tudo isso é um filme-documentário com belas imagens e histórias, curiosidades – cômicas e emocionantes – e uma imersão significativa para quem já curtiu e para quem ainda vai poder aproveitar dessa nossa riqueza cultural”, exalta Daniel.
O Fubica

O Fubica é um Ford F-100 amarelo de 1960, adaptado para ser um trio elétrico. Foi criado em 1994, com a primeira apresentação de marchinhas e frevos no centro de Linhares, após um jogo da Copa do Mundo de 1994. Em 1996, o Fubica chegou a migrar a sua festa para a cidade de Mucuri, na Bahia. Mas a população de Regência fez um abaixo-assinado em 1997 para a prefeitura do município contratar o trio elétrico e eternizá-lo.
‘As malas que eu carrego’
Com texto e direção do ator José Celso Cavalieri, o monólogo As Malas que Eu Carrego será apresentado neste domingo (15), às 19 horas, na Sala Milson Henriques, na Casa da Cultura Sônia Cabral, em Vitória. Na peça, o público é convidado a refletir sobre o cotidiano e os “pesos” que cada um carrega ao longo da vida, em constante interação com as pessoas. Os ingressos custam R$ 30 (meia-entrada) e estão à venda pelo telefone (27) 99908-7044.
Até a próxima coluna!
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