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Moradores de Ecoporanga se mobilizam por tombamento histórico de escola

Abaixo-assinado tem que reunir 750 assinaturas, o equivalente a 5% dos eleitores

Moradores de Ecoporanga, no noroeste do Espírito Santo, decidiram fazer um abaixo-assinado pelo tombamento histórico do prédio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Ecoporanga (Pio XII), no Centro da cidade. A deliberação foi resultado de uma reunião realizada nesta semana, que reuniu representantes de diversos segmentos.

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Entre as representações presentes, estavam as do Conselho Municipal de Cultura, professores aposentados, organizações não governamentais (ONGs), Câmara Municipal, juventude e igrejas evangélicas. O presidente do Conselho de Cultura, Gilmar Quedevez, informa que a coleta das assinaturas começou nesta nesta sexta-feira (5), com término no final da semana que vem.

São necessárias cerca de 750 assinaturas, o que corresponde a 5% do eleitorado da cidade. “Vamos conseguir as assinaturas num estalar de dedos. A população não quer a demolição. Há um grupo grande de pessoas envolvidas, pois reunimos cerca de 20 representantes de segmentos diferentes, e cada um deles vai mobilizar seus grupos para participar do abaixo- assinado”, diz o conselheiro.

Gilmar aponta que somente no segmento dos professores aposentados que deram aula na escola há mais de 40 pessoas. “A reunião foi muito positiva. Geralmente, quando não se acredita na proposta, não há muita representatividade, ao contrário do que aconteceu, quando tivemos representatividade e pessoas que pensam da mesma forma”, afirma. Gilmar acrescenta: “para termos sucesso na coleta das assinaturas, precisamos que cada pessoa fale da nossa causa, peça para que outras assinem e se manifeste nas redes sociais”, convoca.

O abaixo-assinado não é primeira forma de mobilização da comunidade contra a demolição. O Conselho Municipal de Cultura já havia realizado uma consulta online que apontou que os moradores não querem a demolição. Ao todo 466 participaram e, desse total, 427 foram contrários e 39 favoráveis.

A escola, construída em 1965, será demolida para a construção de uma nova no mesmo lugar, o que tem gerado questionamentos na comunidade, que a considera “patrimônio da memória coletiva do município”. Gilmar afirma que o argumento é porque o imóvel não se enquadra nos padrões atuais de segurança e acessibilidade. Contudo, aponta, ela fica localizada em um terreno de 8 mil m², por isso, além do tombamento histórico, uma proposta é que a escola não seja demolida e outra seja construída no mesmo terreno.

O resultado da enquete, afirma o conselheiro, já era esperado, considerando conversas informais feitas na cidade. Inclusive, antes da consulta online, algumas pessoas afirmaram saber que haveria obras na escola, mas não que o imóvel seria demolido.

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