Mais: lançamento da escritora Aline Dias; peças teatrais no Sônia Cabral; e Vargem Alta
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) completou quatro décadas de atuação no Espírito Santo. Para comemorar a data, será realizada na sexta-feira, sábado e domingo (7 a 9), a Festa do MST – 40 anos de lutas, resistências e vitórias, que terá como uma das atrações o Festival por Terra, Arte e Pão, com atrações culturais.

Também faz parte do evento, que acontecerá na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de Goiabeiras, em Vitória, a 4ª Feira Estadual da Reforma Agrária, com produtos dos acampamentos e assentamentos da reforma agrária, como artesanatos, doces, biscoitos e produtos agrícolas. A entrada no evento é gratuita.
Teatro e música
A primeira atração cultural será na abertura da feira, na sexta-feira, das 10h às 12, com poesia e música. No mesmo dia, às 14h, acontecerá a apresentação da peça Veias Abertas da América Latina, encenada pelos moradores do assentamento Córrego da Areia, um dos primeiros do MST no Espírito Santo. O assentamento conta com cerca de 100 famílias. A programação cultural do primeiro dia se encerra com show das cantadeiras do MST, grupo musical de mulheres do MST, Forró Chapéu de Palha e Macucos.
Segundo Dia

No segundo dia, às 10h, a programação cultural será com os cantores da reforma agrária: Ícaro, Larissa e Atanásio. Na parte da tarde, a partir das 14h, eles se juntam com Marquinhos e Ana Chã para uma nova apresentação musical. Às 16h o Levante Popular da Juventude fará batalha de rimas, seguida do show de Marquinhos Monteiro. A noite encerra com apresentação de Fábio Carvalho e Casaca.
Em Ritmo de Carnaval

Além dos cantores da reforma agrária, que se apresentam a partir das 9h, a programação de domingo será em ritmo de carnaval. A partir das 10h, o Maluco Beleza, bloco do Centro de Vitória que homenageia Raul Seixas, fará sua apresentação. Às 14h é a vez de outro bloco tradicional do Centro de Vitória, o Regional da Nair. Logo após, vem a bateria da escola de samba Unidos da Piedade.
Suja para além do impresso

Suja, primeiro livro de poesias da escritora Aline Dias, ganha novas versões em audiolivro e e-book. O lançamento será no dia 13 de novembro, às 19h, na Casa Flor, no Centro de Vitória. Fazem parte da programação do lançamento a audição do audiolivro e sarau com microfone aberto. Até o momento havia somente a versão impressa da obra, disponível no site da editora Maré. A proposta da adaptação é ampliar o acesso à literatura de Aline Dias. “Com os formatos digital e em áudio, nosso desejo é alcançar leitores que não têm acesso ao livro físico, como pessoas cegas ou com baixa visão. Além disso, o e-book ficará disponível para download gratuito por três meses”, conta a autora.
O livro
Suja reúne textos que transitam entre o irônico e o amoroso, abordando temas como mapa astral, beijo na boca, a relação entre o corpo e a postura, e até uma cartomante que atende pelo Twitter. A obra passeia por dores, piadas, gracejos, romances e um universo feminino sem pudor, explorando vozes, desejos, amores e a permissão que uma mulher dá a si mesma.
Potência

O audiolivro reúne profissionais da música e da literatura em uma produção que, segundo a autora, busca ser não apenas acessível, mas também “artisticamente potente”. “É um convite para escutar o coração, escutar poesia, ter mais ferramentas para ler o mundo”, destaca Aline. A narração dos 53 poemas fica por conta da autora e da cantora e compositora Brenda Nayra, com edição e produção sonora assinadas por Fernando Zorzal.
Peça no Sônia Cabral

Nesta quinta-feira (6) e sexta-feira (7), às 20h, será encenado o espetáculo Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol, na Casa da Música Sônia Cabral, na Cidade Alta, Centro de Vitória. Os ingressos podem ser adquiridos no link. Os valores são R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 a meia. Com texto, direção e atuação de Cláudia Andrade, o espetáculo cênico imagético é atravessado por elementos como a videoarte, música, dramaturgia contemporânea e as artes visuais.
Peça no Sônia Cabral II
A peça discorre a partir do encontro entre duas mulheres com mais de 50 anos: Silvia e Gimena. Elas se cruzam ao acaso numa parada de ônibus, em uma estrada erma do interior do Brasil. Iniciam, então, uma jornada marcada por embates, estranhamentos, memórias, afetos, contrastes sociais, revelações e mitos. As personagens são acompanhadas por Gaivota, figura mística que transita pela cena como símbolo de conexão, intuição e mistério.
Felipa e sua pipa

O sítio Querência, em Vargem Alta, sul do Espírito Santo, recebeu nesse sábado (1º) a peça teatral Felipa e sua pipa, que reflete sobre a imaginação das crianças e a respeito das discriminações sofridas pelas mulheres. As apresentações, com entrada gratuita, aconteceram durante a 2ª edição da Literaltinha – Festa Literária de Vargem Alta para crianças. A peça é baseada na estética do teatro mambembe, em que o cenário se transforma e é carregado em alguns momentos pelos próprios atores. O espetáculo também dialoga com estéticas circenses e de teatro de rua, buscando incorporar elementos da cultura popular de forma lúdica.
Felipa e sua pipa II
A peça tem como protagonista a personagem Felipa, uma garota que gosta de brincar de soltar pipa, mas os meninos de sua rua falam que isso não é coisa de menina. A sua avó Lurdes, então, a presenteia com uma pipa mágica, que lhe permitirá viajar no tempo e se encontrar com mulheres que enfrentaram a sociedade e fizeram história no Espírito Santo, como Maria Ortiz, Zacimba Gaba, Rosa Helena Schorling e Carmélia Maria de Souza.
Até a próxima coluna!
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