Sexta, 03 Mai 2024

Muqui será mais uma vez o pano de fundo para uma história ficcional

Muqui será mais uma vez o pano de fundo para uma história ficcional
Com o maior patrimônio histórico do Espírito Santo, Muqui já é conhecida como a "cidade-cenário" e é o destino de muitos cineastas que querem aproveitar suas belezas. Desta vez, a pequena cidade no sul do estado vai servir de refúgio para um fotógrafo solitário, que busca em Muqui, onde passou a infância, fragmentos de seu passado. 
 
Esse é o enredo de O Pássaro de Papel, cujas filmagens se iniciam nesta segunda-feira (6). O curta envolve produtores e atores da própria cidade, incluindo o seu diretor, Léo Alves, muquiense que já é conhecido por organizar o Festival de TV e Cinema (Fecim), anual desde 2012 em Muqui. 
 
“Escolhi Muqui como pano de fundo para a história por entendê-la como um cenário vivo para o cinema. É também um cenário muito enriquecedor e também dinâmico, já que a cidade consegue crescer e evoluir em meio a um pano de fundo secular”, explica Léo. Além de passear por diversos casarões e outras construções históricas do lugar, o personagem do curta também irá fotografar alguns moradores da cidade.
 
Léo conta que não foi difícil encontrar personagens "cinematográficos" em Muqui, pois a cidade já é, em essência, um filme. Junto com a atriz e produtora cultural Cláudia Puget, o diretor fez uma seleção baseada em pessoas que pudessem contribuir de maneira orgânica com o filme. “Pássaro de Papel tem um ‘quê’ de documentário, além de mostrar os casarios históricos, também mostra os jeitos e trejeitos particulares das pessoas que aqui vivem”, diz.
 
O curta-metragem também conta com dois atores do Rio de Janeiro. O fotografo principal, Jaime, será interpretado por Ulysses Ferraz, e o outro ator é Reiner Tenente, que interpretará o Túlio, filho de Jaime. 
 
 
Pássaro de papel traz uma temática voltada para a fotografia, o personagem tenta descrever o mundo em que vive por meio dessa arte, mas é impossível captar a realidade em sua integridade.  Os personagem que ele fotografa são “tele transportados” para outro local, eles vão para a sua memória. Dentro deste contexto, o filme também aborda as relações familiares já que as cenas proporcionam muitos encontros e desencontros entre pais e filhos.
 
“No filme, a utilização desta metáfora acerca de um possível universo paralelo, uma fantasia na fotografia, revela a sobreposição entre realidade e passado, criando múltiplas interpretações. A pergunta que fazemos é: Seria possível guardar as memórias em pixéis? Seria a câmera uma pequena caixa de recordações?”, questiona Léo.
 
Esta não é a primeira produção audiovisual do produtor cultural Léo Alves. Em 2012, ele realizou o O Palhaço Menino: histórias de quem, desde pequeno sonha e vive as Folias de Reis, um documentário em média metragem que gravei no Espírito Santo, em Minas Gerais e em Portugal falando da origem das Folias de Reis e de sua sobrevivência na cidade de Muqui, que possui o maior e mais antigo encontro de Folias de Reis do Brasil. Depois deste documentário, ele também realizou algumas séries de Web TV, como a Dentro e fora de Casa, gravada no Estado e também em cidades como Lisboa e Paris, na Europa. 
 
Além de premiado na Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo via edital, o roteiro de Pássaro de Papel também foi o vencedor do 15º Concurso de Roteiros do Vitória Cine Vídeo. A produção realizará as filmagens na cidade de Muqui até o dia 12 de janeiro.

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