???Simplesmente uma Mulher' discute diferenças
Com Simplesmente uma Mulher, o diretor franco-argelino Rachid Bouchareb inicia uma trilogia das relações entre norte-americanos e árabes. Temos aqui uma norte-americana, Marilyn (Sienna Miller), a protagonista, empregada de uma pequena empresa, e uma egípcia, Mona (Golshifteh Farahani), que trabalha no pequeno mercado da família. Tudo ambientado nos Estados Unidos.
A relação entre as duas se passa, a princípio, nesse mercado. São, portanto, apenas conhecidas. O que vai aproximar esses dois mundos são as dificuldades que enfrentam como mulheres - e aqui entra o outro tema principal do filme. Marilyn é demitida e, como se não bastasse, flagra o marido - um homem inútil, desempregado - com outra na cama. Mona sofre nas mãos da sogra por sua incapacidade de gerar filhos.
Os lances do acaso vão tratar de unir esses dois mundos em ruína e que vão tentar se reerguer na estrada e na dança. Marilyn larga o lar e pega a estrada para tentar a vida de dançarina do ventre em outro lugar. Mona igualmente abandona sua casa. As duas se encontram, travam uma forte amizade e passam a sobreviver a base de apresentações em bares e restaurantes.
Na terra que preza, pelo menos formalmente, as liberdades individuais, é interessante ver como Bouchareb desenvolve uma trama que envolve grupos sociais oprimidos - as mulheres e, de certa forma, os árabes - e relações sociais historicamente tensas – Estados Unidos versus mundo árabe.
Serviço
Simplesmente Uma Mulher (Just Like a Woman, França/EUA/Inglaterra, 2012, 90 minutos, 14 anos)
Cine Jardins - Shopping Jardins: Sala 1. 21h20.
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