Sábado, 18 Mai 2024

Agências bancárias serão reabertas na próxima segunda-feira no Estado

Reunidos em assembleia geral na noite dessa sexta-feira (11), os bancários do Estado aprovaram a contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerraram a greve que já durava 23 dias. Com a decisão, as agências serão reabertas na próxima segunda-feira (14).



Entre os principais pontos, a contraproposta da Fenaban eleva para 8% o índice de reajuste sobre os salários e as verbas, e para 8,5% sobre o piso salarial. A proposta de PLR foi mantida em 90% do salário, mais parcela fixa de R$ 1.694,00 (limitado a R$ 9.011,76), com aumento da PLR adicional, que passa de 2% para 2,2% do lucro líquido, dividido linearmente.
 
"Foram necessários 23 dias de greve para arrancar dos banqueiros uma proposta que garantisse avanços importantes na Convenção Coletiva dos Trabalho (CCT). A unidade e a mobilização da categoria foram fundamentais nesta Campanha Salarial, fazendo dessa greve uma das mais fortes dos últimos anos", disse Carlos Pereira de Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Bancários/ES e membro do Comando Nacional de Negociação.
 
Após forte debate que apontava para posições divergentes sobre as propostas, os bancários dos bancos públicos federais aprovaram os acordos específicos da Caixa e do Banco do Brasil. A orientação da diretoria do sindicato foi pela rejeição das proposta e manutenção da greve, mas a maioria da plenária votou pela aprovação, colocando fim ao movimento paredista.
 
Por orientação do Banco, os gerentes compareceram em peso na assembleia e conseguiram impor a posição das instituições financeiras. Eles foram criticados pelos colegas. "A aprovação dessa proposta rebaixada é uma derrota para os bancários da Caixa e do BB, que depois de uma luta tão intensa, são vencidos pelos colegas gerentes, que aprovam uma proposta que não atende minimamente às reivindicações das minutas específicas dos bancos públicos. Isso significa que a nossa luta continua Temos ainda muitos desafios e vamos em busca de novas conquistas", afirma a diretora Rita Lima.
 
Banco do Brasil
 
Na votação específica dos trabalhadores do BB,  foram 42 votos a favor da proposta de acordo  e 24 contrários. Para a diretora do Sindicato, Goretti barone, a proposta é insatisfatória."Essa proposta é vergonhosa, não queremos apenas salários, queremos dignidade, e temos muito o que avançar no BB para garantir condições de trabalho adequadas.
 
Thiago Duda, também diretor do Sindicato, compartilha a opinião e lamenta a decisão. "Essa proposta não traz nenhum grande avanço, apenas questões que poderiam ser resolvidas nas mesas temáticas, não fosse a truculência de uma das piores gestões do BB, em todos os seus 205 anos. Com 23 dias de greve deveríamos ter um acordo que garantisse respeito, o combate efetivo ao assédio moral, às metas e o atendimento efetivo das reivindicações dos bancários. Isso nós não conseguimos alcançar", afirma Thiago.
 
Caixa
 
A votação dos bancários da Caixa foi mais acirrada, com 36 votos pela aprovação e 31 pela rejeição da proposta do banco.
 
"Digo com tristeza que nunca vi tamanho desrespeito com os trabalhadores em greve. Esse acordo é imoral, indecente. São os trabalhadores desse banco que fazem da Caixa um dos maiores bancos que atuam neste País, mas ainda assim não são em nada valorizados.   Essa proposta não nos atende em nossas principais pautas”, diz Rita.
 
A diretora Renata Garcia também criticou a decisão. "É absurdo votarmos uma proposta que sequer foi discutida nacionalmente, por intransigência do banco. É um desrespeito completo. Os trabalhadores da Caixa estão no limite. Os tesoureiros estão sendo massacrados, adoecendo a cada dia, não podemos mais aceitar essa situação. O nosso desafio daqui pra frente será ainda maior e temos que ter a certeza de que a única solução é a luta coletiva", conclui Renata.

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