Sábado, 18 Mai 2024

Audiência Pública debate a violência contra a mulher em Vila Velha

O vereador do município de Vila Velha, Zé Nilton (PT), em parceria com o Fórum de Mulheres do Espírito Santo, realiza audiência pública nesta quarta-feira (23) para debater a violência contra a mulher no município e as políticas públicas de enfrentamento. A audiência acontece no plenário da Câmara de Vereadores.
 
O vereador preside a Comissão de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres, na Câmara Municipal e vem recebendo inúmeras denúncias sobre o não funcionamento do Centro de Referência de Atendimento e Apoio às Mulheres Vítimas de Violência de Vila Velha (CRAM-Vive).
 
Em janeiro deste ano, movimentos sociais de defesa das mulheres denunciaram a iminente extinção do CRAM-Vive. O Centro fazia parte da minirreforma administrativa do município, que seria enviada pelo prefeito Rodney Miranda (DEM) para aprovação na Câmara. Depois do alerta e das manifestações, a minirreforma foi aprovada sem a discussão em torno da extinção do CRAM-Vive.
 
Na ocasião, o prefeito optou pela reestruturação do instrumento, que foi inaugurado em espaço exclusivo no dia 7 de março deste ano, um dia antes do Dia Internacional da Mulher. No entanto, pouco tempo após a inauguração, o CRAM-Vive já estava fechado.
 
Além disso, o Estado está no topo do ranking de homicídios de mulheres. De acordo com o estudo “Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgado em 25 de setembro, no período de 2009 a 2011, a taxa de feminicídios no Estado ficou em 11,24 mortes por grupo de 100 mil mulheres. A taxa do País no período ficou em 5,82 por 100 mil, quase a metade do Espírito Santo.
 
O segundo estado com maior taxa de feminicídio foi a Bahia, com 9,8, seguido por Alagoas, com 8,84 mortes de mulheres por grupo de 100 mil.
 
O estudo também deixa claro que as principais vítimas de feminicídio são as mulheres jovens. Mulheres com idade entre 20 e 29  representam 31% das vítimas, e de 30 a 39 anos, 23%. Mais da metade dos óbitos, 54%, foram de mulheres de 20 a 39 anos.
 
O feminicídio é o homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual.

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