Sexta, 19 Abril 2024

Centro Knight inclui Século Diário na linha do tempo que acompanha censura no Brasil

 

O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas, em Austin, lançou uma linha do tempo ("Censura togada no Brasil") para acompanhar os casos de censura no País. O estudo, publicado no site da Knight, dá destaque para o caso de censura envolvendo o jornal Século Diário.
 
A maioria das investidas judiciais, segundo o Centro, tem o objetivo de retirar conteúdos publicados por veículos informativos. O texto ressalta que a estratégia de censura tem sido bem-sucedida, e que em muitos casos as decisões partem de juízes de primeira instância. “É o caso, por exemplo, do jornal digital Século Diário, do Espírito Santo, obrigado por uma juíza a tirar do ar cinco publicações -- três reportagens e dois editoriais -- sobre a atuação de um promotor de Justiça”, registra o Knight. 
 
Embora a liberdade de expressão seja um direito fundamental garantido constitucionalmente no Brasil, adverte o Centro, a via judicial tem se mostrado um meio eficaz de inviabilizar o funcionamento de veículos informativos e de calar a crítica de jornalistas e blogueiros no Brasil. 
 
A linha do tempo produzida pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas mostra que, apenas em 2012, o Brasil registrou 16 casos em que os tribunais foram utilizados como instrumentos de censura.
 
Ao acessar a linha do tempo "Censura togada no Brasil", o internauta tem acesso a uma ferramenta interativa que registra os casos de censura de maneira cronológica. Ao clicar no registro, um texto explicativo informa os detalhes do episódio de censura. 
 
O Centro alerta que os casos de censura no Brasil constituem uma verdadeira ameaça à liberdade de expressão e de informação. O Knight cita dois novos casos de censura ocorridos em janeiro deste ano, o que confirma que a prática de censura segue em curso no País. 
 
“O assédio judicial é apontado como o principal entrave para a liberdade de expressão no Brasil por organismos internacionais como a Sociedade Interamericana de Imprensa e a Freedom House. Ele também contribuiu para o mau resultado do Brasil no ranking de liberdade de imprensa da organização internacional Repórteres sem Fronteiras (RSF), ocupando o 108º entre 179 países após seu segundo ano sucessivo de queda”, denúncia a matéria do Centro Knight. 

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