Terça, 07 Mai 2024

Coordenadora do Movimento de População de Rua critica falta de políticas públicas

Coordenadora do Movimento de População de Rua critica falta de políticas públicas
Nesta segunda-feira (10), na primeira sessão do ano, a Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional da Assembleia abriu espaço para debater o problema da população em situação de rua do Estado. Para compor a mesa de discussão, a Comissão convidou Rosângela Cândido do Nascimento, coordenadora no Espírito Santo do Movimento Nacional de População de Rua. 
 
A militante criticou as dificuldades encontradas por quem vive na rua e a ausência de políticas públicas para esse segmento da população. Ex-moradora de rua, Rosângela conhece a realidade dessa população, que vive à margem da sociedade e ignorada pelo poder público. “Infelizmente, somos invisíveis. Não existem políticas públicas destinadas à população de rua, não existe sequer um número oficial de quantas pessoas estão nessa situação. Isso dificulta até o começo de uma discussão, não há um ponto de partida” afirmou.  A militante pediu atenção maior das autoridades, afirmando que o movimento já esteve na Defensoria Pública, no Ministério Público, no chefe de Polícia, “mas que tudo, no lugar de se resolver, vem se dificultando”.  
 
Rosângela disse que a população de rua sofre preconceito, que é reforçado pela ação da mídia. “É importante também não condenar ou criminalizar toda uma população. Há pessoas na rua por todo tipo de motivos: por falta de um emprego, por quebra do vínculo com a família, por droga e por muitos outros motivos mais. Não se pode generalizar e colocar todos, como criminosos e bandidos” defendeu a coordenadora do movimento.
 
Ao ouvir os apelos do movimento, o presidente da comissão Rodrigo Coelho (PT) ressaltou que para adoção de qualquer política pública, seria necessário incluir a todos no Cadastro Único (Cadun) do governo federal, mas para isso, por sua vez, seria necessário documentar a todos. Sobre documentação, Rosângela expôs que o morador costuma tirar seus documentos, mas logo depois têm eles “retirados”. “Eles são muitas vezes queimados junto com todos os seus pertences”, explicou.
 
Ao final da reunião, uma audiência pública, ainda sem data definida, ficou acertada pelo colegiado. A audiência pretende reunir a Comissão de Assistência social, Segurança Alimentar e Nutricional e as secretarias de estado de Assistência Social, Saúde e Segurança, para discutir políticas públicas para a população de rua. 

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