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CRJ de Colatina reabre em outubro

Termo de colaboração com o Instituto Ellos de Inclusão Social foi assinado nesta segunda

Em até 30 dias, o Centro de Referência das Juventudes (CRJ) de Colatina, no noroeste do Espírito Santo, irá reabrir. Nesta segunda-feira (15), foi publicado no Diário Oficial do Espírito Santo (DIO-ES), o Termo de Colaboração nº 007/2025, que trata da parceria para gestão dos serviços ofertados. A Organização da Sociedade Civil (OSC) Instituto Ellos de Inclusão Social foi a selecionada para fazer a gestão do equipamento.

Governo ES

O CRJ estava fechado desde o dia 10 de julho, gerando descontentamento entre os jovens. O fechamento aconteceu com o fim do contrato com a OSC Abequar, que fazia a gestão do espaço.

A estudante Emanuelly Carvalho de Moura é uma dos jovens que frequentavam o CRJ. Ela diz que uma das funções do centro é tirar a juventude das ruas. “Aqui em Colatina muitos estão nas ruas usando drogas. Para mim, não poder ir ao CRJ é entediante. O CRJ era um passatempo. Eu saia da escola e ia para lá”, conta. A estudante relata que fez vários cursos no equipamento, como os de trança, unha, barbearia e sombrancelha, e também oficinas de música, dança, pintura e autocuidado.

Outro jovem que participava ativamente das atividades do CRJ é o açougueiro e cantor de Rap Maycon Bernardo Nonato dos Anjos, que, inclusive, conseguiu o emprego como açougueiro através do CRJ. “Eu falei que estava procurando emprego e me encaminharam para este que estou hoje”, afirma.

Outros CRJs estavam fechados: o de Novo Horizonte, na Serra, e o de Castelo Branco, em Cariacica. Neste último, o termo de colaboração com a OSC Avante Social, que vai gerir o equipamento, foi assinado no dia 5 de setembro. O CRJ estava fechado há quatro meses, desde o fim do contrato com a Organização Não Organizacional (ONG) Cieds, que fazia a gestão do espaço.

O CRJ de Novo Horizonte se encontra fechado há cerca de quatro meses, desde o fim do contrato com a Cieds. A estudante Thaisa Pereira era uma das frequentadoras desde 2022, quando participou de atividades como oficinas de trança e dança. Nos últimos tempos, estava focada na oficina de pintura Pincelando Fatos, iniciativa que possibilitou a ela e a outros jovens a participação em uma exposição em um museu do Rio de Janeiro.

“O CRJ é um ambiente que tira o jovem da rua. Promove eventos, traz coisas que a maioria das pessoas do bairro não têm acesso. Democratiza o acesso à cultura, ao lazer, ao esporte. Eu via no CRJ algo que dizia ao jovem que ele pode ficar ali dentro vivendo, existindo, ou ficar lá. Os jovens escolhiam ficar lá dentro”, diz.

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