Centros de Referência das Juventudes serão administrados pelo Instituto Ellos

Já foram publicados no Diário Oficial, os Termos de Colaboração que tratam da parceria para gestão dos serviços ofertados nos Centros de Referência das Juventudes (CRJs) de Linhares, no norte, e Novo Horizonte, na Serra. Assim, ambos serão reabertos em outubro. Com a publicação dos termos, não haverá mais nenhum CRJ sem estar em funcionamento.
A retomada das atividades em Linhares será possível por meio do Termo de Colaboração nº 008/2025. A Organização da Sociedade Civil (OSC) que vai gerenciar o equipamento será o Instituto Ellos de Inclusão Social, a mesma que vai administrar o CRJ de Novo Horizonte. Este último estava fechado desde abril, quando chegou ao fim o contrato com a Organização não Governamental (ONG) Cieds, que fazia a gestão do espaço.
Outros CRJs que reabrirão em outubro são os de Colatina, no noroeste, e o de Castelo Branco, em Cariacica, na Grande Vitória. Assim como em Linhares e Novo Horizonte, o Instituto Ellos de Inclusão Social foi o selecionado para fazer a gestão do equipamento. Em Castelo Branco, a escolhida foi a Avante Social.
O não funcionamento dos CRJs gerou indignação entre os jovens, pois esses equipamentos são de suma importância nas comunidades. A estudante Emanuelly Carvalho de Moura é uma das frequentadoras em Colatina. Ela diz que uma das funções do centro é tirar a juventude das ruas. “Aqui em Colatina muitos estão nas ruas usando drogas. Para mim, não poder ir ao CRJ é entediante. O CRJ era um passatempo. Eu saia da escola e ia para lá”, conta.
A estudante Thaisa Pereira, que frequentava o de Novo Horizonte, afirma que “o CRJ é um ambiente que tira o jovem da rua. Promove eventos, traz coisas que a maioria das pessoas do bairro não têm acesso. Democratiza o acesso à cultura, ao lazer, ao esporte. Eu via no CRJ algo que dizia ao jovem que ele pode ficar ali dentro vivendo, existindo, ou ficar lá. Os jovens escolhiam ficar lá dentro”.
Em Cariacica, o produtor cultural André Vieira apontou que a reabertura do CRJ é resultado da mobilização da juventude local, que reivindicou a volta do equipamento em vídeo publicado nas redes sociais, e de jovens de outras localidades, como o Território do Bem, que divulgaram uma nota de apoio aos de Castelo Branco. “Se não fosse a cobrança da juventude em cima do governo, a situação estaria parada ainda. A mobilização valeu a pena e sempre vai valer”, comemorou após a publicação do Termo de Colaboração.