Quinta, 02 Mai 2024

Cruzes fincadas na Segunda Ponte denunciam violência contra a mulher

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Nas proximidades da Segunda Ponte, cruzes foram fincadas na manhã desta quarta-feira (8), como forma de protestar contra a violência à mulher por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O ato foi realizado pelo Fórum de Mulheres de Cariacica para pedir "justiça e equidade", além de lembrar que a data não é para receber flores, mas "conscientizar de que as mulheres precisam ter seus direitos respeitados", ressalta a integrante do fórum, Ceia Lyrio.

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Em 2022, Cariacica registrou sete homicídios de mulheres, ocupando o terceiro lugar entre os principais municípios da Grande Vitória: Vila Velha (17), Serra (12), Vitória (6) e Viana (2). Neste ano foi registrado, até agora, um assassinato, de uma mulher de 39 anos, no final de fevereiro, baleada dentro de um carro de aplicativo, no bairro Rio Marinho, quando voltava para casa. Vitória também registra o mesmo quantitativo. Na Serra foram três e, em Vila Velha, dois. Os dados são do Mapa de Mortes Violentas de Mulheres no ES: de A a Z, do Ministério Público do Estado (MPES).

Ceia Lyrio recorda que o Espírito Santo é um dos estados que mais mata mulheres no Brasil. O Mapa aponta que em 2022, ocorreram 92 homicídios. Em 2023, 14. Em Cariacica, uma das necessidades é orientar as mulheres quanto aos seus direitos e como ter acesso. A também integrante do fórum, Kelly Lyrio, destaca ainda a necessidade de criação de um Centro de Referência e Atendimento à Mulher e de atendimento especializado na área da saúde.

O Fórum de Mulheres de Cariacica realizou no último sábado (4) uma atividade de panfletagem na praça de Campo Grande, para destacar que a data é de reconhecimento da luta das mulheres e denunciar que "elas estão morrendo". No dia 15, será realizado o debate virtual "Desconstruir o machismo para fazer viver as mulheres", às 19h, nas redes sociais do fórum. A atividade irá tratar da política para mulheres no Brasil e no município.

Em janeiro, o fórum se reuniu com o prefeito Euclério Sampaio (União) e a secretária municipal da Mulher e Direitos Humanos, Danyelle Lirio, e entregou um documento em que defende a implementação de políticas públicas implementadas de forma intersetorial. Apontou, ainda, a necessidade de programas em parceria com a gestão de Renato Casagrande (PSB) e o Governo Lula (PT).

O grupo destacou algumas reivindicações, como o fortalecimento do Conselho Municipal de Direitos da Mulher; trabalho em rede de enfrentamento à violência contra a mulher, com os princípios da Lei Maria da Penha, no âmbito da assistência, da saúde, da educação, da justiça, priorizando o acesso a políticas públicas às vítimas; e realização de campanha informativa com informações sobre os direitos das vítimas, medidas protetivas de urgência e contatos de órgãos de ajuda disseminada em serviços públicos como escolas, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Unidades Básicas de Saúde (UBS).

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