Segunda, 29 Abril 2024

Depois de reestruturação, Cram-Vive está de portas fechadas

Em janeiro deste ano, movimentos sociais de defesa das mulheres denunciaram a iminente extinção do Centro de Referência Especializado no Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica de Vila Velha (CRAM-Vive). O Centro fazia parte da minirreforma administrativa do município, que seria enviada pelo prefeito Rodney Miranda (DEM) para aprovação na Câmara de Vila Velha (CMVV). Depois do alerta e das manifestações, a minirreforma foi aprovada sem a discussão em torno da extinção do CRAM-Vive.
 
Na ocasião, o Executivo optou pela reestruturação do instrumento, que foi inaugurado em espaço exclusivo no dia 7 de março deste ano, um dia antes do Dia Internacional da Mulher. No entanto, pouco mais de três meses após a inauguração, o CRAM-Vive já está fechado. 
 
Informações de pessoas que frequentam o edifício em que se localiza o Centro dão conta de que os atendimentos não estão sendo feitos, a equipe está sendo cada dia mais reduzida, e que até os móveis do local estão sendo retirados. O Fórum de Mulheres do Estado também tem recebido denúncias constantes de que não estão sendo feitos atendimentos no CRAM-Vive. 
 
O instrumento é de extrema importância para o atendimento de mulheres vítimas de violência. Vila Velha é um dos 100 municípios mais violentos do País, demandando políticas públicas para conter os índices alarmantes.
 
Do total de homicídios de mulheres ocorridos no País, 41% foram em decorrência de violência doméstica, de acordo com o Mapa da Violência 2012 – homicídios de mulheres no Brasil. Além disso, o Estado ocupa a primeira colocação no ranking de homicídios de mulheres. De acordo com o Mapa, são 9,8 homicídios de mulheres por grupo de 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional, que ficou em 4,6.      

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