Em greve, trabalhadores dos Correios realizam protesto nesta sexta-feira
Esta sexta-feira (20) foi marcada por protestos de trabalhadores em greve no Estado. Às 16 horas, os profissionais dos Correios que aderiram à greve nacional nessa terça-feira (17) realizaram um protesto com caminhada na Avenida Jerônimo Monteiro, em Vitória, e receberam a solidariedade dos trabalhadores bancários, que também estão em greve desde essa quinta-feira (19).
Os trabalhadores dos Correios reivindicam reajuste de 15% e reposição da inflação. A pauta da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) também pleiteia uma reposição das perdas salariais acumuladas de 1994 a 2002 de 20%, a reparação e o aumento linear de R$ 200, o adicional noturno, a antecipação da gratificação natalina, horas extras, anuênio e a não privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrados (ECT).
Já os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, que corresponde a 5% de aumento geral mais inflação projetada de 6,6%; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15; piso salarial de R$ 2.860,21, que é o piso do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche ou babá no valor de R$ 678 ao mês para cada, equivalente ao salário mínimo.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Bancários do Estado, Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, é fundamental a unidade de quem está na luta por melhores condições de trabalho e salariais. Nesta sexta-feira, segundo dia da greve dos bancários, 198 agências ficaram fechadas, sendo 132 na Grande Vitória e 66 no interior do Estado.
As duas categorias também têm reivindicações acerca das condições de trabalho. Os bancários pleiteiam o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao Projeto de Lei (PL) 4330/04 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe as dispensas imotivadas.
Já os trabalhadores dos Correios pleiteiam a redução da jornada de trabalho dos atendentes para seis horas, segurança nas agências e entregas de correspondências pela manhã. Os trabalhadores também cobram a realização de concurso público e defendem o plano de saúde para a categoria sem modificações.
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