Redução é perceptível comparando os dados de 2023 e 2024. Taxa de pobreza também diminuiu

O Espírito Santo teve redução de 1% na taxa de extrema pobreza em 2024. Dados de um estudo elaborado pelas Coordenações de Estatística e de Estudos Sociais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), divulgados nesta sexta-feira (9), mostram que o Estado fechou o ano passado com um índice de 1,7%, enquanto que em 2023, foi de 2,7%. Os números colocam o Espírito Santo abaixo da média nacional, que em 2024 foi 3,5% e, no ano anterior, 4,4%.
De acordo com o levantamento, o Espírito Santo ocupa o 20º lugar no ranking de pessoas em extrema pobreza. Estão acima os seguintes estados: Maranhão (10,1%), Ceará (7,9%), Acre (7,6%), Alagoas (6,9%), Roraima (6,6%), Pernambuco (6,3%), Bahia (5,8%), Rio Grande do Norte (5,2%), Amazonas (5,2%), Paraíba (4,8%), Pará (4,6%), Sergipe (4,5%), Amazonas (4,1%), Piauí (4%) e Tocantins (3,8%).
Abaixo do Espírito Santo estão Distrito Federal (1,7%), Rondônia (1,7%), Mato Grosso (1,6%), Mato Grosso do Sul (1,6%), Goiás (1,6%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Santa Catarina (1,2%). A taxa de pobreza no Espírito Santo também diminuiu em 2024 se comparado a 2023, pois desceu de 22,8% para 19,2%. A média nacional também reduziu, saindo de 27,5% para 23,4%.
No que diz respeito à taxa de pobreza, estão acima do Espírito Santo o Acre (46,2%), Maranhão (46,1%), Ceará (43,3%), Alagoas (41,2%), Pernambuco (40,3%), Amazonas (39,6%), Pará (38,8%), Paraíba (38,7%), Roraima (37,9%), Piauí (37,5%), Sergipe (3,4%), Amapá (36,4%), Bahia (35,6%) e Rio Grande do Norte (33,5%). Abaixo estão Rio de Janeiro (18,2%), Mato Grosso do Sul (17,2%), Minas Gerais (16,9%), Goiás (16%), Distrito Federal (15,5%), São Paulo (14,2%), Paraná (13,4%), Mato Grosso (13,3%), Rio Grande do Sul (11,9%) e Santa Catarina (8,2%).
Nível nacional
Conforme consta no levantamento do IJSN, 8,5 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza e 1,9 milhões deixaram a extrema pobreza em 2024. Com isso, 50,6 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza e 7,6 milhões na condição de miséria.
Os dados foram extraídos da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE) e consideram como linha de pobreza a renda domiciliar per capita de até R$ 692,54 mensais e, para a extrema pobreza, até R$ 217,37 mensais, conforme valores atualizados para o ano de referência. O IJSN calculou as linhas de pobreza com base na literatura especializada e em critérios do Banco Mundial e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo também mostra uma melhora nacional no Índice de Gini, um indicador que mede a desigualdade de renda. Segundo o levantamento, esse número saiu de 0,518 em 2023 para 0,506 em 2024. A renda média mensal real dos brasileiros com rendimento também apresentou crescimento em relação ao ano anterior, e saiu de R$ 2,8 mil para R$ 3 mil no mesmo período.