Sábado, 27 Abril 2024

Fejunes realiza a VI Marcha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra nesta quarta-feira

Fejunes realiza a VI Marcha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra nesta quarta-feira
O Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes) realiza, nesta quarta-feira, Dia Nacional da Consciência Negra, a VI Marcha Estadual Contra o Extermínio da Juventude Negra. A concentração acontece às 8 horas em frente à antiga Capitania dos Portos, em Vitória, e segue para o Palácio Anchieta, onde acontece um ato público. 
 
O tema da marcha neste ano é “Acorde para essa luta você também” e pretende dialogar com a sociedade sobre importância de todos se mobilizarem para enfrentamento dos altos índices de homicídio que recaem sobre a juventude negra, além de cobrar medidas efetivas do governo para superação desse fenômeno. 
 
Segundo o coordenador do Fejunes, Luiz Inácio Silva da Rocha, o Lula, o Estado já avançou com a criação da Gerência de Igualdade Racial, depois de muita insistência dos movimentos sociais. No entanto, este mecanismo não tem orçamento próprio, ou seja, não tem força o suficiente para colocar em prática as políticas públicas propostas. 
 
Lula considera, ainda, que o aparato de Segurança Pública e de Justiça têm como alvo o corpo do jovem negro e acrescenta que a população carcerária – de maioria negra – demonstra como acontece a exclusão e falta de oportunidade para os jovens negros. 
 
Ele lembra também que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado em 5 de novembro deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que, entre 2011 e 2012 aumentaram em 70% as mortes cometidas pela polícia em operações. “A compra de viaturas, armamento, acabam por aumentar ainda mais a seletividade na morte de jovens negros”, adverte Lula. 
 
No Palácio Anchieta vai ser entregue ao governador Renato Casagrande um documento reiterando as reivindicações do Fejunes. Dentre elas está a criação do Conselho Estadual de Segurança Pública e de uma Ouvidoria de Polícia autônoma e independente. 
 
A proposta do Fejunes é que o ouvidor seja nomeado pelo governador do Estado, a partir de uma lista tríplice encaminhada pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) e que tenha mandato de dois anos.  
 
Em 17 de outubro deste ano o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou a 4ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi), que revelou que, no Brasil, a probabilidade do negro ser vítima de homicídio é oito pontos percentuais maior, mesmo quando se compara indivíduos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes.
 
A segurança pública é uma das esferas da ação estatal em que a seletividade racial se torna mais patente. “Há grande desigualdade entre brancos e negros no que diz respeito à distribuição da segurança. Esta desigualdade é explicitada pelas maiores taxas de vitimização da população negra. Pode-se tomar como referência a taxa de homicídios”, diz o artigo.
 
 
      

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