Homero Mafra vai fazer parte da Comissão da Verdade na OAB
O presidente da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES), Homero Junger Mafra, será um dos nove membros que vão atuar na Comissão Especial da Verdade, criada pelo Conselho Federal da Ordem, e que vai subsidiar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, ligada ao governo federal. Os trabalhos da comissão da Ordem, instalada nesta quarta-feira (17), serão presididos pelo ex-presidente da entidade Cezar Britto.
Segundo informações da OAB, a previsão é de que os trabalhos sejam iniciados nos próximos dias. Além do advogado capixaba, a comissão será composta pelos advogados Márcio Augusto Santiago (MG), Tales Castelo Branco (SP), Belisário dos Santos Júnior (SP), René Ariel Dotti (PR), Omar Ferri (RS), Aurélio Wander Bastos (RJ) e Marcello Augusto Diniz Cerqueira (RJ).
Em reunião com os membros da Comissão Nacional da Verdade, no último dia 8, o presidente do Conselho Federal da Ordem, Ophir Cavalcante, anunciou a criação do órgão especial da OAB, com vistas a contribuir com a sociedade e o governo na apuração das violações aos direitos humanos ocorridos entre os anos de 1946 e 1988, com destaque para o período da ditadura militar (1964-1985).
“Consideramos que os advogados brasileiros têm muito a contribuir para o resgate da história deste País; os advogados que trabalharam no período da ditadura defendendo os presos políticos têm seus acervos, suas anotações históricas e, certamente, muitos dados que podem ser divulgados para a sociedade brasileira em colaboração com a Comissão Nacional da Verdade”, afirmou Ophir Cavalcante à reportagem publicado no site da entidade.
O presidente do Conselho Federal da OAB informou que, ao subsidiar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, a comissão congênere da OAB Nacional pretende contribuir para o resgate histórico do período da ditadura. Ophir Cavalcante também estimulou o surgimento de comissões similares nas seccionais da entidade no país.
A Comissão Nacional da Verdade, coordenada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp – e integrada pelos advogados José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Rosa Cardoso e Cláudio Fonteles – foi instalada pela presidente Dilma Rousseff em 16 de maio deste ano. A contar dessa data, ela tem dois anos para concluir seus trabalhos de apuração das violações de direitos humanos na ditadura, incluindo mortes, desaparecimentos, torturas e maus tratos a presos e perseguidos políticos.
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