Quarta, 08 Mai 2024

Human Rights Watch inclui tortura em penitenciária de Vila Velha em relatório

Human Rights Watch inclui tortura em penitenciária de Vila Velha em relatório
A organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch divulgou um relatório nesta segunda-feira (28) em que constatou evidência de 64 casos de tortura no País desde 2010. Para a entidade, a tortura continua a ser um sério problema no Brasil, apesar dos recentes esforços para coibir a prática. 
 
Dentre os episódios relatados pela organização está o ocorrido em 2 de janeiro de 2013, na Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III), quando 52 presos foram obrigados a ficar sentados em uma quadra de concreto no sol e alguns deles tiveram queimaduras de terceiro grau nas nádegas. O caso teve repercussão nacional por conta da gravidade das lesões e pelo fato de os presos terem ficado quase dez dias sem qualquer atendimento médico.
 
A Justiça acolheu denúncia do Ministério Público Estadual (MPES) contra três agentes acusados de participação no episódio. Segundo a denúncia, no dia 1 de janeiro do ano passado houve um princípio de rebelião na penitenciária, por conta da insatisfação dos presos com a falta de água no local. Em razão do distúrbio, a direção do presídio solicitou apoio à Diretoria de Segurança Prisional (DSP), da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), para a realização de uma revista e intervenção em duas galerias no dia seguinte. 
  
No dia 2 de janeiro os presos foram retirados das celas e colocados, no procedimento, sentados em uma quadra no Completo de Xuri por mais de uma hora. Consta da denúncia que a autoridade policial ouviu nove detentos e os relatos foram quase idênticos. Eles contaram que um agente da DSP chegou a perguntar ao então diretor adjunto se os presos poderiam ser colocados na sombra, mas ele recusou, posicionando os presos no sol. 
 
Somente nove dias após o fato, 11 de janeiro, os presos foram encaminhados a exame de Corpo de Delito, bem como para receber tratamento médico. Segundo a denúncia, até o dia em que foram encaminhados para o exame, os presos estavam sendo tratados com pasta d’água, o que corrobora com a ciência dos envolvidos sobre as queimaduras dos presos.    

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