Segunda, 06 Mai 2024

Parada LGBTQIA+ de Guarapari retorna após 10 anos paralisada

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Depois de uma década, a parada LGBTQIA+ voltará às ruas de Guarapari, no dia 2 de julho. A edição deste ano é organizada pelo Coletivo Diversidade, Resistência e Cultura (DRC). A parada vai sair da praça Trajano Lima Gonçalves, no Centro da cidade, e vai até a Praça da Paz, na Praia do Morro.

De acordo com o coordenador do coletivo, Leonardo Simões Brandão, um dos fatores que dificultava a realização do evento era a falta de apoio por parte da Prefeitura de Guarapari, comandada há duas gestões por Edson Magalhães (PSDB). "Com a realização da parada, vamos mostrar para a prefeitura que a gente existe, que estamos aqui", ressalta.

A realização da parada este ano, que será a sétima edição, foi possível por meio do edital JuventudES, executado pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH), em parceria com o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

A Praia do Morro foi escolhida como ponto final, segundo Leonardo, por ser a região da cidade "que a gestão municipal mais valoriza". "Vamos ocupar esse lugar, que também é nosso por direito, e colorir a orla", afirma.

Ao longo do trajeto, haverá cerca de 15 atrações culturais em cima do trio elétrico, que ainda não foram divulgadas, sendo a maioria delas locais, com apresentação de drag queens, DJs, cantores e grupos musicais. 

A parada não terá um tema específico. Contudo, exaltará falas sobre a realidade da comunidade LGBTQIA+, suas reivindicações e denúncias sobre as mais diversas formas de violência sofridas principalmente nos últimos quatro anos, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), marcado por forte discurso de ódio contra as minorias. "Vamos reafirmar nosso direito de existência em uma cidade extremamente preconceituosa, dar visibilidade aos artistas locais, mostrar que a gente existe", reitera.

A ideia é que a parada seja realizada anualmente, sem interrupções. Leonardo informa que a expectativa de público é de cerca de 10 mil pessoas. De acordo com ele, coletivos de cidades do interior, como Marataízes, no sul; e Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina, na região serrana, irão se mobilizar para comparecer, além de coletivos de outros estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Queremos fazer com que e gestão municipal veja a parada como algo positivo, que movimenta o turismo, a cultura", enfatiza.

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