Quinta, 25 Abril 2024

'Por que nossos filhos têm que ficar à margem da sociedade?'

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O Coletivo Mães Eficientes Somos Nós (MESN), que reúne mulheres em luta pelos direitos de seus filhos com deficiência, iniciou nesta segunda-feira (14) uma ocupação do Palácio Anchieta, na Cidade Alta, Centro de Vitória, em busca de diálogo com o governador Renato Casagrande (PSB) e os secretários de Estado da Saúde e Educação, Nésio Fernandes e Vitor de Angelo. 

Conforme solicitado em ofício enviado aos gestores na última quinta-feira (10), o pedido é por uma reunião com os três, para que sejam alinhadas soluções imediatas e efetivas para a impossibilidade de permanência das crianças e adolescentes nas escolas estaduais e municipais do Espírito Santo, bem com para a falta de consultas e exames especializados, que abalam a saúde de toda a família e dificultam ainda mais o acesso aos direitos dos estudantes nas escolas. 

"Nossas crianças estão sendo convidadas a ficarem em casa porque nas escolas não está tendo suporte", resume Lucia Mara dos Santos Martins, coordenadora do MESN, ao falar nas redes sociais do Coletivo, junto das demais mães e seus filhos. 

"Por que para as crianças típicas tem suporte e para os nossos não? Por que nossos filhos têm que ficar à margem da sociedade? Saúde e educação é direito de todos!", questiona, com cópia do ofício enviado ao governador e seus secretários.

Ao chegarem ao Palácio, Lucia conta que foram recebidas pelo secretário de Saúde e pela equipe da Educação, mas que o coletivo só aceita dialogar na presença também de Casagrande. "Disseram que o governador não está em Vitória, está no interior. Nós vamos esperar por ele aqui. Só saímos depois que ele nos receber", afirma. 

O acampamento, mostram as mães, começou a ser montando. O "#OcupaPalacioAnchieta vai virar #AcampaPalacioAnchieta", disse Lucia, mostrando os suprimentos sendo organizados para o movimento. Em agosto passado, o coletivo iniciou ato semelhante na Prefeitura da Serra e, após 32 dias de acampamento, conseguiu uma agenda com o prefeito Sergio Vidigal (PDT). 

"Conhecendo a seriedade do nosso trabalho, eu sei que o governador Renato Casagrande vai nos receber assim que ele chegar na cidade. Somos mulheres e crianças, vamos dialogar olho no olho sobre os direitos dos nossos filhos", reforçou a coordenadora. "Nossos casos são de urgência e extrema prioridade. Nossas crianças estão tendo saúde e educação negados", rogou. 

"Não saímos de casa em vão. Temos um propósito. Dialogar mais uma vez sobre saúde e educação. Nossos filhos mais uma vez estão tendo seus direitos violados. Não estão podendo ficar na escola. Quando as mães veem aqui lutar por direitos violados, elas não estão brincando. Não saímos de casa pra pedir favor para gestor nenhum. Educação e saúde é direito", reiterou outra mãe. 

"Quando as mães especiais vão à luta, todas as portas se abrem. Não vai ser essa que vai fechar", disse outra mãe, poetizando o slogan do grupo, estampado nas camisetas de cor laranja, com a identidade do coletivo.

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