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‘Reajuste do tíquete não representa valorização real dos servidores’

Pazolini anunciou aumento no benefício em Vitória, mas sindicato cobra reposição salarial

Aproveitando a comemoração do Dia do Servidor Público, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), anunciou, nesta terça-feira (28), que vai enviar para a Câmara de Vereadores um projeto de lei que prevê reajuste de 25% no tíquete-alimentação do funcionalismo municipal. Entretanto, o Sindicato dos Servidores Municipais de Vitória (Sindsmuvi) não ficou satisfeito com a notícia.

PMV

“O reajuste no tíquete-alimentação não representa nem 5% da necessidade de valorização real dos servidores. Todos os anos se anuncia que há reposição da inflação no salário, mas é uma reposição tardia. A inflação acumulada de 2023 saiu em 2024, na metade do ano. Estamos concluindo 2025 e ainda não recebemos o repasse referente a 2024. Essa falta de valorização real resulta na redução do poder aquisitivo dos trabalhadores e, consequentemente, afeta o giro de capital no município”, afirma Waleska Timoteo, presidente do Sindsmuvi.

De acordo com Waleska, existe um acúmulo inflacionário de mais de 15% na remuneração dos servidores referente aos últimos anos que ainda segue pendente. Outra demanda do funcionalismo é a reestruturação do plano de cargos e salários, para permitir que os trabalhadores consigam atingir uma progressão real na carreira.

Ainda segundo a presidente do sindicato, o cenário atual no serviço público municipal é de sucateamento, com falta de concursos públicos, adoecimento de trabalhadores por excesso de trabalho, e ausência de políticas que permitam a participação do funcionalismo nas tomadas de decisões.

Dentro desse sucateamento, conforme Waleska, está o atual processo de terceirização dos Pronto Atendimentos (PAs) de saúde municipais. “Foi mais uma tomada unilateral de decisão. Vai acarretar a remoção de servidores efetivos que tinham escolhido suas lotações nesses PAs, que serão realocados para unidades de saúde aleatórias, desconsiderando o vínculo que esses trabalhadores desenvolvem com a comunidade”, critica.

A presidente do Sindsmuvi ressalta, também, que a entidade não tem encontrado canais de diálogo com a administração de Lorenzo Pazolini. “É uma política de portas fechadas. A gestão costuma não atender entidades sindicais, chamando as categorias para conversar separadamente, de forma a enfraquecer a classe trabalhadora”, comenta.

Segundo Pazolini, o valor do que tíquete-alimentação dos servidores com carga horária de 44 horas vai subir para R$ 1 mil (hoje é R$ 800). Quem trabalha entre 36h e 40h passará a ganhar R$ 825 (contra os R$ 660 atuais). Já os trabalhadores com carga horária de até 35h começarão a receber R$ 660 (atualmente é R$ 528).

Entretanto, o projeto de lei sobre o tema ainda precisa tramitar na Câmara de Vereadores para as alterações se efetivarem.

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