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Servidores rearticulam Frente Capixaba Contra a reforma Administrativa

Felipe Skiter, do Sintufes, aponta que um GT do Congresso quer apresentar nova proposta

A Frente Capixaba Contra a Reforma Administrativa, que fez várias mobilizações em oposição à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/20 durante o Governo Bolsonaro (PL), foi relançada nessa terça-feira (29). A iniciativa foi motivada pela criação de um Grupo de Trabalho (GT) no Congresso Nacional, presidido pelo deputado federal Zé Trovão (PL/SC), que está formulando uma nova proposta de reforma Administrativa. Nesse contexto, a frente vai dialogar com os servidores e a sociedade civil sobre o tema e fazer mobilizações.

Participam da frente organizações como a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes), o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Sindibancários), o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindprev), o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos (Sindipúblicos) e o Movimento pela Valorização do Trabalho (VAT).

O coordenador-geral do Sintufes, Felipe Skiter, informa que o GT foi criado após o Congresso avaliar os acordos de greve feitos entre os servidores e o Governo Lula (PT). O governo federal inseriu itens que dialogam com a reforma Administrativa do Governo Bolsonaro, que foram retirados, como mudanças na carreira e criação de novos órgãos. Skiter avalia que os parlamentares viram nisso uma oportunidade para retomar a reforma.

Para Skiter, a reforma Administrativa “é uma ameaça a direitos já consolidados e à qualidade do serviço público prestado”. De acordo com ele, mesmo não tendo apresentado uma proposta formal de reforma, o governo federal já vem implementando ações que dialogam com a PEC 32. Uma delas é uma portaria que possibilita que os aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) possam ser contratados temporariamente enquanto não são nomeados como efetivos.

A PEC 32/20, do Executivo, alterava dispositivos sobre servidores e empregados públicos e modificava a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A proposta alterava 27 trechos da Constituição e introduzia 87 novos, sendo quatro artigos inteiros. As principais medidas tratavam da contratação, da remuneração e do desligamento de pessoal, válidas somente para quem ingressasse no setor público após a aprovação das mudanças.

No primeiro semestre de 2021, a PEC foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em setembro do mesmo ano, a aprovação foi numa comissão especial, com voto favorável do deputado federal Evair de Melo (PP). Com as mobilizações populares, foi retirada de pauta.

Reprodução

Em todo o Brasil, inclusive no Espírito Santo, foram feitas carreatas, já que a PEC foi apresentada em 2020, no auge da pandemia da Covid-19. Com a abertura para atividades sociais e econômicas, foram realizadas manifestações de rua e utilizados os meios de comunicação para se posicionar contra a iniciativa.

Outdoors com a foto de Evair também foram afixados em diferentes pontos da Grande Vitória, como parte da campanha “Quem votar não volta”, refrão criado nos movimentos de mais de 40 entidades de servidores públicos posicionados contra a precarização desses serviços.

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