Quinta, 02 Mai 2024

Municípios capixabas apresentam contas equilibradas, diz TCE

tribunal_de_contas_es_tati_beling_ales Tati Beling/Ales

Todos os 78 municípios do Espírito Santo terminaram com superávit financeiro no exercício contábil de 2022, com mais recurso que despesas futuras. Com relação ao superávit financeiro, o município de Vitória é o que apresenta o melhor resultado, com R$ 2 bilhões, seguido de Presidente Kennedy (R$ 1,5 bilhão), Vila Velha (R$ 894 milhões), Serra (R$ 843 milhões), e Aracruz (R$ 659 milhões).

Os dados são da nova ferramenta desenvolvida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), que permite que os cidadãos possam acompanhar, com poucos cliques, a evolução das finanças dos municípios do Estado. O painel de Gestão Fiscal apresenta dados como o Superávit/Déficit Financeiro, o nível de endividamento das administrações e a relação Despesa Corrente x Receita Corrente.

A ferramenta conta com informações anuais - como déficit e superávit financeiro - e outras mensais, a exemplo das receitas e despesas correntes do município.

"Esse painel será um grande aliado do cidadão, sobretudo no período de eleições municipais. Por ele, qualquer pessoa poderá ver se o gestor que tenta a reeleição, ou indicar um sucessor, está deixando o município com dívidas ou numa situação positiva", avaliou a secretária de Controle Externo de Gestão Fiscal, Economia e Contabilidade do TCE-ES, Simone Velten.

Ele destaca que o acompanhamento das finanças atende ao anúncio do Ministério da Fazenda de que irá avaliar uma mudança na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para impedir que estados e municípios terminem o ano sem recursos em caixa.

"Ao clicar no valor do superávit, ou déficit quando for o caso, o cidadão tem acesso ao detalhamento das informações. Então ele consegue ver quanto do recurso é vinculado para a Saúde, Educação, Regime Próprio de Previdência e quanto é de recurso livre, para obras e demais investimentos", explicou.

O dado também é positivo para os municípios no que diz respeito ao endividamento. Todos eles têm uma Dívida Consolidada Líquida (DCL) dentro do limite de 120% da Receita Corrente Líquida (RCL) estabelecido na LRF. Além disso, 72 prefeituras apresentam dívida negativa – que significa que, caso necessário, o prefeito poderia quitar toda a dívida existente e ainda assim ficaria com dinheiro em caixa.

A maior fonte de atenção está na relação entre receitas e despesas correntes. Em 2022, 23 municípios concluíram o ano com despesas acima do limite máximo de 95% das receitas correntes. Outros 37 finalizaram o ano de 2022 em alerta, com despesas entre 85% e 95% das receitas correntes. Já 18 administrações registraram despesas menores que 85% das receitas correntes.

"Isso não é uma irregularidade, mas é um ponto importante a ser observado, porque quando o município tem uma relação entre receita e despesa corrente superior a 85%, começa a perder muito a capacidade de investimento", alertou Simone. "E perdendo a capacidade de investimento, a cidade perde seu potencial de crescimento e desenvolvimento", sintetizou.

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