Sexta, 29 Março 2024

Primeiro navio a ser construído no Estado chega a Aracruz

Primeiro navio a ser construído no Estado chega a Aracruz

Após meses de indefinição sobre a liberação da embarcação, o casco do navio-sonda Arpoador atracou na manhã desta quinta-feira (19) no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), onde a montagem será finalizada. A empresa iniciou o processo de liberação do equipamento junto à Receita Federal. Será a primeira embarcação a ser construída pela indústria naval local.



De acordo com informações do governo do Estado, o Arpoador é o primeiro de sete navios-sonda encomendados pela Sete Brasil, ligada à estatal Petrobras, para operação do pré-sal brasileiro na Bacia de Santos (SP). Além do NS Arpoador, o Estaleiro Jurong construirá em Aracruz outros seis navios-sondas: NS Guarapari, NS Camburi, NS Itaoca, NS Itaúnas, NS Siri e NS Sahy.



A previsão é de que a montagem do navio-sonda Arpoador seja concluída ainda este ano. A empresa projeta a contratação de 400 trabalhadores até abril para atuarem nos trabalhos. Os trabalhos devem ter início com a montagem no casco dos megablocos de acomodação da tripulação, bem como da torre de perfuração, que já estão sendo construídos no Estado. O casco vinha sendo construído nos estaleiros do Grupo Sembcorp Marine, que é dono do EJA, em Singapura.







Segundo o estaleiro, a embarcação, com alojamento para uma tripulação de até 180 pessoas, possui ampla capacidade de carga e espaço útil, equipamentos avançados de perfuração e um amplo ‘moon pool’ central (abertura no centro do navio similar a uma piscina por onde se movimentam os equipamentos de perfuração dos poços de petróleo). O navio-sonda será capaz de operar a 10 mil pés de profundidade (3.048 m) e perfurar poços de até 40 mil pés (12,2 km) de comprimento.



No início de fevereiro, o presidente do EJA e da multinacional singapurense para América do Sul, Martin Cheah, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico, em que levantou a possibilidade de paralisação das atividades no estaleiro, caso a Sete Brasil não quite a dívida que já alcança R$ 200 milhões. Para o executivo, a queda no preço do petróleo e as denúncias de corrupção contra ex-dirigentes da estatal ameaçam a confiança do mercado no cumprimento dos contratos da Petrobras e da Sete Brasil. 

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