Trabalhadores portuários vão às ruas contra a política de privatização
Desemprego, redução do mercado de trabalho para os avulsos, aumento de tarifas portuárias, fechamento de pequenas empresas importadoras e exportadoras, evasão de operadores portuários. Esses são alguns dos prejuízos decorrentes da desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que foram mostrados nesta terça-feira (6) durante manifestação de trabalhadores da área portuária, em frente ao portão principal da empresa, na Vila Rubim, em Vitória.
"A política portuária de governo como um todo vai ser afetada, mas o Estado ainda não percebeu o impacto que a privatização vai trazer para as comunidades, municípios e logística portuária", afirma o presidente do Suport-ES, Ernani Pereira Pinto.
Com cartazes nas mãos, os trabalhadores defenderam empregos, a dignidade e a "sobrevivência daqueles que se dedicam há tantos anos a cuidar do porto público, mas agora estão sendo esquecidos com a venda da companhia docas".
O processo de privatização dos portos de Vitória e Barra do Riacho, e da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), chegou à fase final no último dia 23, com a abertura da sala de informações para recebimento de propostas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O governo federal justifica a medida, anunciada em 2017, com o "objetivo de modernizar a gestão portuária, atrair investimentos e melhorar a operação do setor, estando aderente à política setorial e às diretrizes do governo federal de busca por investimentos em infraestrutura por meio de parcerias com o setor privado".
O principal questionamento é a ausência de debate a fim de melhorar as atuais condições dos portos, mantendo, no entanto, o papel que o setor desempenha, historicamente, no desenvolvimento regional. Um dos problemas apontados é a transferência de cargas do Estado para o porto privado de Açu, no Rio de Janeiro
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Comentários: 2
Privatiza tudo.
Seu madruga a autoridade portuária será vendida lago teremos menos poder de fiscalização de mercadorias e de controle de preços de commodities, então sendo bem simplista como a sua colocação, não se assuste se vc começar a ver mais fuzil nas mãos de bandidos no Espírito Santo ou daqui a pouco vc pagar R$10 no pãozinho francês. Acorda patriota eles querem ficar mais rico nas nossas custas. Como diz o ditado do seu lider “tudo pra nós nada pra eles”.