Quinta, 25 Abril 2024

Alunos da Ufes fazem 'roletaço' no RU e divulgam manifesto

ru_ufes_leonardo_sa-7611 Leonardo Sá

"O dinheiro do meu pai não é capim, eu pulo a roleta sim!". Essa palavra de ordem, muito entoada nos protestos contra o aumento da passagem, foi proferida na tarde desta terça-feira (26), quando dezenas de estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) fizeram um "roletaço", pulando a roleta do Restaurante Universitário (RU) em protesto contra a violência sofrida por universitários nessa segunda-feira (25). Eles denunciaram que, na ocasião, vigilantes agrediram fisicamente e verbalmente alunos que tentavam pular a roleta do RU.

A manifestação desta terça aconteceu depois de uma assembleia na qual os graduandos aprovaram uma pauta de reivindicações que contempla, principalmente, a necessidade de mais facilidade de acesso às refeições para quem não pode pagar.

Leonardo Sá

O estudante de Arquivologia e representante da comissão eleitoral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Gabriel Oliveira, relata que foi acompanhar o processo de panfletagem da eleição no RU e viu um tumulto, pois vigilantes queriam impedir que um aluno pulasse a roleta. De acordo com ele, as pessoas argumentaram que alguns estudantes não têm condições de pagar, mas os vigilantes fizeram chacota e disseram que todo mundo tem acesso a R$ 5,00, valor da comida no restaurante.

Leonardo Sá

"Isso não é verdade, R$ 5,00 hoje, se você calcular a soma de uma semana, de um mês, é muito dinheiro para quem ganha um salário mínimo, por exemplo. O preço de tudo subiu, o poder de compra diminuiu. Alimentação é permanência, ninguém estuda com fome", diz Gabriel.

O estudante relata ainda que, em virtude de os vigilantes estarem gritando e apontando o dedo, uma aluna subiu na cadeira para "se impor", sendo puxada para baixo. Além disso, outro estudante, que tentou pular a catraca, levou um soco no olho e teve os óculos quebrados.

Gabriel informa que, embora estudantes de origem popular tenha direito à gratuidade no RU, o processo para acessar o benefício é burocrático. "Tem aluno que entrou em janeiro e até agora não conseguiu. Não dá para chegar para uma pessoa que está há seis, sete meses sem auxílio e dizer 'espera aí, fica com fome, vai para a sala, vai estudar, vai produzir ciência com fome'".

As reivindicações aprovadas nesta terça serão encaminhadas ao pró-reitor de Assuntos Estudantis e Cidadania, Gustavo Forde. Uma delas é a ampliação da cobertura da assistência alimentar do RU, fazendo com que estudantes que tenham renda familiar de até 2,5 salários mínimos possam ser contemplados com a gratuidade no RU. Outra é a modernização das recargas com pagamento via pix e pela internet, para que não seja preciso ir pessoalmente recarregar o cartão.
Leonardo Sá

Os estudantes afirmam que o RU da Ufes é um dos mais caros do Brasil. Eles apontam que nos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), os valores são, respectivamente, R$ 2,50; R$ 1,30 e R$ 1,40. "Nosso aumento em 2017 foi de R$ 1,50 para R$ 5, e vimos como impactou na diminuição dos estudantes que comem no RU e começaram a trazer marmitas para universidade", dizem os alunos no manifesto aprovado.

Eles também defendem que "pular a catraca é um ato político e uma forma de garantir a alimentação adequada para passar o dia na universidade. Receber estudantes com violência física e verbal não resolve o problema, o agrava e expõe que a universidade tem refletido aspectos da política nacional bolsonarista, que por nós é rechaçada diariamente".

Diante disso, os estudantes acreditam que "os vigilantes devem continuar suas funções e não agredir estudantes", e que "universidade não é lugar de polícia!", reivindicando "outro projeto de segurança universitária, construída e dialogada com a comunidade estudantil".

Por fim, os universitários defendem o reajuste das bolsas de pesquisa e extensão. "As bolsas oferecidas pela universidade também se constituem como uma política de assistência para complementar a renda. Queremos o reajuste dos valores das bolsas para fazer jus a nova realidade do Brasil", ressaltam.

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Comentários: 6

Seu Madruga em Terça, 26 Julho 2022 18:39

Esse é o futuro do país? Deus nos livre dessa turma. Já foi o tempo em que passar em universidade pública vera algo de bom, hoje, aconselho aos jovens(aqueles que querem aprender uma profissão) que fujam dessas lugares que só tem militantes e não professores.

Esse é o futuro do país? Deus nos livre dessa turma. Já foi o tempo em que passar em universidade pública vera algo de bom, hoje, aconselho aos jovens(aqueles que querem aprender uma profissão) que fujam dessas lugares que só tem militantes e não professores.
Visitante em Quarta, 27 Julho 2022 08:50

Fácil fazer militância com o dinheiro do Papai, né!? O almoço não é grátis.

Fácil fazer militância com o dinheiro do Papai, né!? O almoço não é grátis.
Visitante em Quarta, 27 Julho 2022 23:57

Pra Cervejinha no nivilomas tem dinheiro né

Pra Cervejinha no nivilomas tem dinheiro né
Carlos em Sábado, 30 Julho 2022 09:27

Bando de folgados, só querem arruaça. Para o fuminho sobra grana, com certeza.

Bando de folgados, só querem arruaça. Para o fuminho sobra grana, com certeza.
José Schmidt Araújo em Terça, 02 Agosto 2022 07:56

(...) e vimos como impactou na diminuição dos estudantes que comem no RU e começaram a trazer marmitas para universidade." (...)

Ué, se possuem condições de trazer marmita, porque não o fazem? Saiam do mundo encantado dos DCEs universitários e manifestos de esquerda e DESPERTEM para a vida. Há milhões de pessoas que labutam diuturnamente e não possuem sequer condições mínimas de se alimentarem dignamente.

Será que é por que é mais fácil bancar o revolucionariozinho de meia pataca, fazendo arruaça em local de ensino sustentado pelo contribuinte brasileiro, agindo como perfeitos "Washingtons", personagem revolucionário filhinho de papai, brilhantemente criado e interpretado pelo saudoso mestre Chico Anysio?

Eis um retrato fiel da Pátria "Educadora".

(...) e vimos como impactou na diminuição dos estudantes que comem no RU e começaram a trazer marmitas para universidade." (...) Ué, se possuem condições de trazer marmita, porque não o fazem? Saiam do mundo encantado dos DCEs universitários e manifestos de esquerda e DESPERTEM para a vida. Há milhões de pessoas que labutam diuturnamente e não possuem sequer condições mínimas de se alimentarem dignamente. Será que é por que é mais fácil bancar o revolucionariozinho de meia pataca, fazendo arruaça em local de ensino sustentado pelo contribuinte brasileiro, agindo como perfeitos "Washingtons", personagem revolucionário filhinho de papai, brilhantemente criado e interpretado pelo saudoso mestre Chico Anysio? Eis um retrato fiel da Pátria "Educadora".
Gunter Accioli Brandão em Segunda, 08 Agosto 2022 02:27

Eu penso que a refeição deveria ser grátis. No entanto pular roleta é o fim dos tempos, coisa de marginal. No mais, o Nivilomas tá sempre cheio dessa galera que usa boné do MST(que vergonha).

Meus filhos, se Deus quiser, jamais pisarão em uma universidade Federal. Lá só tem militante, uma penca de professor marxista e um bando de debilóides, jovens de 40 anos que só parasitam no local e não contribuem pra nada. Sem contar com suas teses e monografias sobre Sapatões, afeminados e afins.

Eu penso que a refeição deveria ser grátis. No entanto pular roleta é o fim dos tempos, coisa de marginal. No mais, o Nivilomas tá sempre cheio dessa galera que usa boné do MST(que vergonha). Meus filhos, se Deus quiser, jamais pisarão em uma universidade Federal. Lá só tem militante, uma penca de professor marxista e um bando de debilóides, jovens de 40 anos que só parasitam no local e não contribuem pra nada. Sem contar com suas teses e monografias sobre Sapatões, afeminados e afins.
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