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Anuário aponta falhas na aprendizagem de Matemática e Português no Estado

No Ensino Médio, apenas 10,7% dos alunos têm aprendizagem considerada adequada

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O Anuário Brasileiro da Educação Básica teve a sua 12ª edição divulgada nesta quinta-feira (25). Produzida pelo Todos pela Educação, a pesquisa traz dados de cada uma das unidades federativas. No caso do Espírito Santo, aponta falhas na aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio nas disciplinas de Matemática e Português.

De acordo com o estudo, apenas 48,3% dos alunos encerram a 5ª série com aprendizagem considerada adequada nas duas matérias. Além disso, 22% concluem o 9º ano, que é a última série do Ensino Fundamental, tendo esse mesmo êxito. No Ensino Médio, os dados são ainda mais impactantes, já que o índice apontado na pesquisa é de 10,7% entre estudantes do 3º ano.

A pesquisa também traz dados sobre os espaços de aprendizagem e equipamentos. Os laboratórios de informática estão presentes em 61,3% das escolas nos anos finais do Ensino Fundamental. Além disso, 47,9% dessas unidades de ensino têm laboratório de ciências e 81,9% possuem quadra de esportes. Nas escolas de Ensino Médio, esses números são, respectivamente, 70%, 80,1% e 84,5%.

Portanto, não é alcançado o índice de 100% de nenhum desses espaços nas escolas de Educação Básica no Espírito Santo. O mesmo acontece com a presença de parques infantis e salas de leitura/biblioteca. Das escolas de educação infantil, 67,5% têm parque. Entre as que ofertam os anos iniciais do Ensino Fundamental, que são do 1º ao 5º, 60,5% têm sala de leitura/biblioteca.

O Anuário mostra que, no Espírito Santo, há mais 3 mil escolas de educação básica. Desse total, 1,6 mil abrangem a educação infantil; 1,7 mil os anos iniciais do Ensino Fundamental; 983 os anos finais do Ensino Fundamental, que abarca do 6º ao 9º ano; e 433 de Ensino Médio. Ao todo são 48 mil professores, sendo 14,9 mil na educação infantil; 17,3 mil nos anos iniciais do Ensino Fundamental; 15,2 mil nos anos finais e 10,3 mil no Ensino Médio.

Entre os professores, 79,3% são mulheres e 20,7% são homens. A maioria, 31,1 mil, está na rede municipal. Em seguida vem a estadual, com 11,7 mil; a privada, com 6,7 mil; e a federal, com 1,2 mil. Das 869,3 mil matrículas, a maioria, 284,5 mil, está concentrada nos anos iniciais do Ensino Fundamental e 722,5 mil são de estudantes de 4 a 17 anos. Além disso, 215,6 mil estão nos anos finais e 184,3 mil na educação infantil. O Ensino Médio registra o menor número de matrículas: 127,8 mil.

Panorama brasileiro

O Anuário também traz dados de nível nacional. De acordo coma pesquisa, entre 2014 e 2024, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a proporção de professores com licenciatura ou bacharelado com complementação pedagógica na área de atuação subiu de 56,6% para 75,3%. No total, o número de docentes sem graduação caiu de 23,8% para 12,5%. Na Educação Infantil, 19,4% dos professores seguem sem diploma de Ensino Superior.

Em relação à remuneração, dados de 2023 mostram que 68,5% dos municípios pagavam ao menos o piso nacional do magistério para jornadas de 40 horas semanais. No que diz respeito à equidade étnico-racial, 91,5% dos jovens brancos brasileiros concluem o Ensino Fundamental aos 16 anos. Esse índice cai para 83,5% entre os pardos e para 80,9% entre os pretos.

No Ensino Médio, a diferença é maior, pois, aos 19 anos, 79,4% dos brancos concluíram essa etapa, frente a 66,6% dos pardos e 62,1% dos pretos. As desigualdades também se refletem nos níveis de aprendizagem, com alunos brancos e amarelos, registrando desempenho superior ao de alunos pretos, pardos e indígenas em avaliações de Língua Portuguesa e Matemática.

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