Atrasos elevaram contrato de R$ 12 milhões para R$ 32 milhões em apenas cinco anos

Após 13 anos do início da obra e de espera da população da Serra, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Aristóbulo Barbosa Leão, localizada no Parque Residencial Laranjeiras, deve ser inaugurada no próximo mês de outubro, como anunciou o governo do Estado. A construção, iniciada em 2012, já está orçada em R$ 32 milhões.
A nova unidade terá 160 novas vagas. Os antigos alunos estudam no bairro Jardim Limoeiro. A transição para a nova sede deve começar ainda este ano, e já há fila de espera por vagas para o ano letivo de 2026, como informou a diretora da escola, Emanuele Freitas, durante visita técnica realizada nessa terça-feira (9) pela Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Assembleia Legislativa.
A obra é de responsabilidade do Departamento de Edificações e de Rodovias (DER), e está em fase final. A previsão de abertura foi anunciada pelo presidente da autarquia, Eustáquio de Freitas. A escola contará com 23 salas de aulas, além de ampla estrutura, com laboratórios, biblioteca, quadra poliesportiva e acessibilidade, e deverá atender a quase 2 mil alunos da região de Grande Laranjeiras, englobando bairros como Laranjeiras, Morada de Laranjeiras, Colina de Laranjeiras, Valparaíso e Chácara Parreiral.
O contrato inicial foi firmado com a Almar Construtora, com previsão de entrega para julho de 2014. Os estudantes foram realocados para um prédio alugado em Jardim Limoeiro, com aluguel de R$ 80 mil por mês, como detalhou a Assembleia. A empresa, porém, decretou falência, e o contrato foi rescindido em 2015.
Os trabalhos ficaram interrompidos até 2018. Em razão de falhas estruturais, o edifício existente foi demolido. Uma nova licitação foi prometida ainda naquele ano, mas não aconteceu, sendo efetivada apenas em dezembro de 2019. No mês de agosto seguinte, foi assinada nova ordem de serviço com a empresa RG Empreendimentos e Engenharia, no valor de R$ 12,38 milhões e previsão de conclusão em janeiro de 2023.
Depois, porém, sucederam-se novas prorrogações que elevaram o orçamento para R$ 15,8 milhões, principalmente para instalação de climatização e serviços complementares. Em meados de 2024, a previsão de conclusão mudou novamente, dessa vez para o segundo semestre do mesmo ano ou início de 2025. Mais um adiamento ocorreu, e o investimento global saltou para R$ 32 milhões.