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Câmara de Guarapari vota reajuste dos professores na próxima terça

Proposta da gestão de Rodrigo Borges é de 6,27%, de forma escalonada

Leonardo Sá

O projeto de lei que prevê reajuste salarial para os professores de Guarapari foi encaminhado para a Câmara Municipal pela gestão do prefeito Rodrigo Borges (Republicanos). A votação está marcada para a próxima terça-feira (22), às 15h, em sessão extraordinária, já que os vereadores estão em período de recesso e retornam somente no dia 5 de agosto.

A proposta de reajuste é de 6,27%, de forma escalonada. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e coordenador da rede de Guarapari, Adriano Albertino, afirma que a votação no recesso é porque os trabalhadores reivindicam que o reajuste seja efetivado já na folha de pagamento do mês de julho.

Ele informa que o Sindiupes vai mobilizar a categoria para que se faça presente durante a votação. Para ele, trata-se de “um marco que concretiza uma pauta importante da Mesa de Negociação”. Contudo, afirma, ainda serão necessários alguns avanços, como a recomposição das perdas salariais.

Além disso, Adriano destaca a necessidade de mobilização para que não sejam retirados direitos já garantidos no Estatuto e no Plano de Carreira, uma vez que a reestruturação é uma discussão que está em voga com a retomada de uma comissão para discutir o tema, formada pelo poder público e por representantes do magistério.

Inicialmente, em maio, a gestão municipal havia proposto 6,27% para todos profissionais do magistério. Entretanto, em junho, afirmou que iria começar com esse percentual para quem tem ensino médio e diminuir à medida que a formação aumenta. Assim, os demais reajustes seriam para trabalhadores com adicional (6,10%), que, segundo Adriano, era um ano que se fazia a mais depois do magistério para lecionar até a 6ª série; licenciatura curta (5,60%); licenciatura plena (5,10%); especialização (5%); mestrado (3,5%) e doutorado (3%).

A iniciativa foi criticada devido ao fato de que, quanto maior o investimento em formação, menor o percentual de reajuste anunciado, podendo, de acordo com Adriano, causar o achatamento dos vencimentos dos professores e aumentar as perdas históricas da categoria.

Apesar disso, os valores atingem o piso em todos os níveis, que é de R$ 3.042,00 para a carga horária de 25h. Até então, o piso no município é pago com o valor base de 2024. A remuneração mínima naquele ano, para a carga horária de 25 horas, era de R$ 2.817,85.

O dirigente sindical relata que o argumento do prefeito para o escalonamento foi não ultrapassar o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois houve muitas contratações. Diante disso, a categoria reivindicou, durante reunião no dia 23 de junho, um planejamento financeiro para 2026.

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