Sindicato questiona demora e exclusão dos servidores da modalidade vencimento

Finalmente, o Governo do Estado encaminhou para Assembleia Legislativa o projeto de reajuste de 8% para os servidores da educação. A notícia, dada pelo governador Renato Casagrande (PSB) em suas redes sociais nesta quarta-feira (15), foi bem recebida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Espírito Santo (Sindiupes), apesar de a entidade questionar a demora no envio e a não inclusão de trabalhadores da modalidade vencimento, alvo de reivindicações.
O anúncio do reajuste foi feito no dia 1º de setembro, contemplando professores e agentes de suporte educacional da rede pública estadual que recebem na modalidade de subsídio. Na ocasião, a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) informou que os 8% serão destinados para 18 mil trabalhadores da ativa e 10 mil aposentados e pensionistas, totalizando R$ 32 milhões para 2025.
Com a exclusão da modalidade vencimento, segundo o sindicato, mais de 7 mil profissionais ficam sem o reajuste, sendo a maioria aposentados e pensionistas. “Lamentamos, mas o diálogo com a gestão vai prosseguir e vamos continuar reivindicando a inclusão desses trabalhadores nas mesas de negociação”, diz o diretor da rede estadual do Sindiupes, Gean Carlos de Jesus.
O argumento do Governo do Estado é de que os trabalhadores da modalidade vencimento têm um plano de carreira melhor, com mais ganhos salariais. Essa modalidade, explica Gean, foi substituída em 2006, no governo Paulo Hartung, pela subsídio.
Além disso, afirma, o sindicato questiona a demora no envio do projeto para o legislativo, a considerar mais de um mês passado do anúncio. “A gente imaginava que estava tudo encaminhado, que os cálculos tinham sido feitos”, aponta.
A demora indignou os professores, que exigiram uma resposta da gestão estadual. Por isso, no dia 23 de setembro, o Sindiupes se reuniu com representantes do Secretaria Estadual de Educação (Sedu) e da Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger). A resposta obtida foi de que o reajuste será retroativo a setembro, mas não foi dada previsão de data de envio do projeto para a Assembleia, o que ocorre agora no Dia dos Professores.
O dirigente sindical destaca que o Sindiupes almeja que o projeto seja votado em regime de urgência, para que os professores possam receber na folha de pagamento de outubro. Caso não haja tempo, que seja feita uma folha suplementar para o início de novembro.