Valores serão retroativos e abarcam 18 mil professores e agentes de suporte educacional

Os deputados estaduais aprovaram, nesta segunda-feira (20), o reajuste de 8% nos subsídios das carreiras dos servidores do magistério (PL 707/2025) e de agentes de suporte educacional (PL 706/2025). As matérias foram analisadas em regime de urgência, e os novos valores serão retroativos a 1º de setembro.
O PL 707 altera a tabela de servidores do magistério. Hoje o inicial é de R$ 2.528,08 e a proposta eleva para R$ 2.730,33, chegando no valor final de R$ 8.962,33 – até então, era de R$ 8.298,39. No PL 706, o inicial passará de R$ 2.780,88 para R$ 3.003,35. Neste caso, o cargo de 40 horas semanais tem três classes com 15 referências cada, e o valor final da tabela, que hoje é R$ 4.641,69, passa para R$ 5.013,01.
Segundo o governo, o aumento para o magistério terá impacto mensal de R$ 11,5 milhões (R$ 46,2 milhões em 2025 e R$ 138,6 mi tanto em 2026 quanto em 2027) e de R$ 139,4 milhões no Plano Previdenciário. O valor estabelecido pela lei federal do piso é de R$ 4.867,77 para 40 horas semanais e R$ 3.042,36 para jornadas de 25 horas.
Sobre os agentes, o impacto financeiro será de R$ 344.812,41 mensais (R$ 1,37 milhão nos quatro últimos meses de 2025, R$ 4,13 milhões em 2026 e também em 2027) e no Plano Previdenciário de pouco mais de R$ 3,75 milhões.
O envio do projeto à Assembleia foi comunicado pelo governador Renato Casagrande (PSB) na última quarta-feira (15), Dia dos Professores, com mais de um mês de atraso do anúncio de reajuste de 8%, motivo de críticas e cobranças do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Espírito Santo (Sindiupes). A Secretaria Estadual de Educação (Sedu) informou que a medida atinge 18 mil trabalhadores da ativa e 10 mil aposentados e pensionistas.
A entidade também cobrou a inclusão de trabalhadores da modalidade vencimento nos benefícios, sem êxito. Com a exclusão, mais de 7 mil profissionais ficam sem o reajuste. O argumento do Governo do Estado é de que os trabalhadores da modalidade vencimento têm um plano de carreira melhor, com mais ganhos salariais. Essa modalidade foi substituída em 2006, no governo Paulo Hartung, pela subsídio.