Sexta, 26 Abril 2024

Desigualdade socioeconômica se manifesta no desempenho dos participantes do Enem

A queda no investimento em educação no Estado pode estar contribuindo para o desempenho insatisfatório dos alunos da rede estadual em avaliações da área. O jornal Folha de S. Paulo deste sábado (19) destaca os índices e resultados negativos do Espírito Aanto na educação, que foi uma das principais bandeiras de campanha do governador Renato Casagrande (PSB). 
 
O jornal lembra que a fatia da receita destinada à educação nos quase três anos de governo caiu de 29,7% para 25,3%, o que supera por pouco o limite mínimo legal de 25%. A baixa receita da área também pode refletir no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, que teve 3,6 de nota, abaixo da média nacional, de 3,7 e da meta fixada para o Estado, que ficou em 5,7.
 
À Folha, o secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa, alegou que a queda na receita é oscilação natural do orçamento e que os investimentos se concentraram no segundo semestre neste ano. Por isso, até dezembro de 2013 o Estado deve voltar à média de 28,5%. 
 
Além do jornal paulista, O Globo, nesta segunda-feira (21), também destacou a relação entre a desigualdade e o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).O jornal carioca realizou um levantamento que evidencia que o desempenho dos participantes do exame está ligado à renda. 
 
 De acordo com O Globo, quanto melhor a situação financeira e de escolaridade familiar, maior é a nota do candidato na redação, que é a principal prova no processo de seleção do exame que dá acesso ao ensino superior.
 
No País, participantes do Enem com renda familiar de até um salário mínimo têm nota média no exame de 460 pontos. Já aqueles com renda familiar de 15 a 30 salários mínimos têm nota média de 642 pontos, o que representa uma diferença de 40%. 
 
O Espírito Santo supera a diferença do País, com 44% de discrepância entre a nota de alunos de alta e baixa renda. A diferença do Estado só é menor que as do Piauí (50), Maranhão (46%), Mato Grosso do Sul (46%) e Tocantins (45%). 
 
   

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