Quinta, 28 Março 2024

Estudantes realizam ato nesta quinta-feira contra retorno das aulas presenciais

estudantes_ensinomedio_wilsondias_ABr Wilson Dias/ABr

Grupos de juventude marcaram uma manifestação para esta quinta-feira (24), quando irão protestar em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, contra o retorno das aulas presenciais nas escolas de ensino fundamental e médio em outubro próximo, como anunciado pelo governo do Estado.

A convocação do ato é feita por estudantes do Movimento Popular de Juventude (MPJ), Juventude e Revolução e União da Juventude Comunista. Também participarão da manifestação grupos de professores, como o Coletivo Sindiupes pela Base, Lute e Resistência e Luta. 

Um dos integrantes da organização, Vander Meireles, afirma que as escolas públicas já não tinham infraestrutura antes mesmo da pandemia. Com a Covid-19, a situação se torna ainda pior. "Antes já tínhamos problemas por causa da grande quantidade de alunos. O governo do Estado elaborou um protocolo, que, inclusive, fala sobre como lidar com o luto. Isso quer dizer que estão cientes de que haverá mortes. A questão central da nossa manifestação é a necessidade de preservação de vida acima do lucro, pois são as escolas particulares que estão pressionando pela reabertura", ressalta.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (21), o Comitê Popular de Proteção dos Direitos Humanos no Contexto da Covid-19 também se posicionou contra o retorno das aulas presenciais e afirma, assim como Vander, que "o Governo do Estado já se antecipou e elaborou a portaria que estabelece medidas administrativas e de segurança sanitária para retorno das atividades presenciais nas escolas, respondendo positivamente às pressões dos setores privados da educação e de algumas municipalidades".

Diante disso, o Comitê acredita que o governo subestima a pandemia. "Não é hora de falar em volta às aulas presenciais, porque estas colocarão em risco a vida das crianças e adolescentes, ferindo o preconizado pela Constituição Federal (1988), pelo Estatuto da Criança e Adolescente (Brasil, 1990) e pela Convenção Internacional dos direitos das Crianças e Adolescentes (1990)".

Para o comitê, "o governo estadual e prefeitos devem assumir a responsabilidade pela garantia da integridade da vida e por condições mais seguras de trabalho e de convívio para a comunidade escolar, especialmente no campo da educação pública. Portanto, é urgente que sejam estabelecidos canais efetivos para o acolhimento das posições já manifestadas pelo sindicato, por diversos coletivos da educação, contrários à exclusão pelo ensino remoto e à ameaça à vida que o retorno ao presencial ainda acarretará". 


Na última sexta-feira (18), os secretários de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e de Educação, Vitor de Angelo, comunicaram que o governo "constrói estratégias do ponto de vista sanitário para que as atividades escolares possam ser retornadas de forma gradual e progressiva em outubro". A data ainda não foi anunciada, pois depende do inquérito escolar que será feito nos próximos dias, mas o retorno será primeiro com o Ensino Médio, em seguida com o Fundamental 2, depois o Fundamental 1 e, por último, a educação infantil, cada etapa sendo acionada a cada quinze dias.

Educação na modalidade à distância

Embora já tenha sido implementada, o Comitê também se posicionou contrário, por meio da nota, à retomada do ensino remoto por parte da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). "O EAD na Educação Básica (pública e privada) e no Ensino Superior público e privado desconsidera que parte expressiva dos matriculados não tem acesso à internet de qualidade e aos instrumentos necessários (PC, celular e tablet)".

O Comitê destaca, ainda, que "o acesso à internet continua tendo um custo oneroso para muitos que não conseguem sequer ter acesso aos meios fundamentais de subsistência".

A nota salienta que no caso de moradores do campo, comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas e pescadoras, a situação se torna mais grave. O Comitê leva em consideração também as pessoas com deficiência. "Além da dificuldade de acesso às tecnologias, demandam por atendimento personalizado e presencial. Soma-se a isso, o fato de parte expressiva da população não dispor das condições habitacionais adequadas (espaço físico, privacidade, desenvolvimento de atividades domésticas e/ou atividades para a geração de renda familiar) o que impede e/ou prejudica a aprendizagem". 

Enem e Ifes

A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em janeiro de 2021 também é alvo de críticas do Comitê, assim como a do processo seletivo para o ensino médio no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). "O Comitê entende que a maior parte dos adolescentes e jovens não estão e não estarão em condições de igualdade com outros jovens, que possuem uma situação econômica mais favorável".

O Comitê termina a nota afirmando "a educação como um direito universal; que não deve ser alvo de medidas oportunistas e/ou irresponsáveis tanto do setor público quanto do setor privado". Para o grupo, "só será possível o retorno seguro às aulas com vacina".

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Comentários: 2

lucas silva em Quinta, 24 Setembro 2020 13:05

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Nilvela em Segunda, 05 Outubro 2020 10:41

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