Sindiupes critica falta de diálogo e exclusão da modalidade vencimento

O governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (1), um reajuste de 8% para professores e agentes de suporte educacional da rede pública estadual. Serão contemplados os profissionais que recebem na modalidade de subsídio. A restrição é questionada pelo Sindicatos dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes).
O diretor regional norte do sindicato, Rodrigo da Fonseca Agapito, declarou que a entidade defende que o reajuste deve ser dado para trabalhadores de todas modalidades, contemplando, também, a de vencimento. Com a exclusão dessa modalidade, segundo o dirigente sindical, mais de 7 mil profissionais ficam sem o reajuste, sendo a maioria aposentados e pensionistas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), os 8% serão destinados para 18 mil trabalhadores da ativa e 10 mil aposentados e pensionistas, totalizando R$ 32 milhões para 2025. A medida entra em vigor a partir deste mês. Segundo o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, o impacto financeiro anual será de aproximadamente R$ 130 milhões.
Além da exclusão dos trabalhadores da modalidade de vencimento, o Sindiupes também faz críticas ao fato de que não houve diálogo entre o Governo do Estado e o sindicato para tratar do reajuste. Rodrigo afirma que o índice não é insatisfatório, já que, somado aos 4,5% anunciados em maio, chega a 12,5%. “Foi uma surpresa, pois não foi discutido com o sindicato. Cremos que todo princípio parte da discussão junto com o Sindiupes sobre o índice ao qual se pode chegar”, defende.
Rodrigo destaca, ainda, que o sindicato gostaria de saber como o índice anunciado pelo Governo do Estado reflete no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Acreditamos que esses 8% sejam para cumprir os 70% do Fundeb, pois tem que usar no mínimo essa porcentagem para pagamento do magistério”, aponta.