Terça, 23 Abril 2024

Greve sanitária do Ifes ainda não conta com adesão dos servidores de Colatina

ifes-campus_colatinaFotoRedessociais Redes Sociais

Os servidores do Instituto Federal do Estado (Ifes) de Colatina, no noroeste do Estado, ainda não aderiram à greve sanitária aprovada pela categoria em assembleia realizada no dia 10 de agosto, ao contrário do que foi divulgado nessa quinta-feira (26). O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Sindical Ifes reforça, entretanto, que todos servidores que se sentirem inseguros diante do retorno das aulas presenciais, iniciadas nessa segunda-feira (23) no campus, podem aderir ao movimento.

Segundo a diretora do Sinasefe, Patrícia Andrade, o sindicato realiza um levantamento sobre a adesão dos servidores, mas a tendência é de que a greve se expanda entre os campi à medida que são anunciados os retornos presenciais. Em Vitória, a greve já foi iniciada.

O docente do curso técnico em Administração do Ifes de Colatina, Marcelo Moreira da Silva, explica que foram apresentadas pela unidade de ensino aos trabalhadores três opções: o retorno presencial, o rodízio semanal com 50% da turma, e a manutenção das atividades pedagógicas não presenciais, sendo a primeira opção a escolhida. Caso os servidores achem que a escolha deve ser revista, ele afirma que a instituição de ensino "está aberta" para que outra possibilidade seja colocada em prática.

Marcelo destaca ainda que todos os protocolos estão sendo cumpridos no campus, como distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e rodízio de trabalhadores em lugares onde trabalham mais de um. Sobre esta questão, a diretora do sindicato, Patrícia Andrade, informa que foi solicitada reunião com os diretores dos campi para averiguar as medidas de prevenção à Covid-19.

O primeiro campus a voltar com atividades presenciais foi Vitória, com o retorno dos técnico-administrativos. Outros campi já anunciaram retorno presencial. No de Aracruz, norte do Estado, toda a comunidade escolar retorna em 27 de setembro. Em Montanha, extremo norte, técnicos e docentes retornarão em outubro.

Patrícia destaca que a categoria, que é composta por técnico-administrativos e docentes, é contrária ao retorno presencial por acreditar que a pandemia ainda não está controlada. "A pandemia não chegou ao fim, tem a variante Delta circulando e a possibilidade de uma quarta onda em um processo ainda mais infeccioso", ressalta.

Em julho, a instituição de ensino anunciou que agosto e setembro seriam meses de transição das atividades pedagógicas não presenciais para um modelo chamado de "ensino flexível". A Resolução do Conselho Superior nº 36/2021 estabelece nesse período a transição com a priorização de aulas de campo e de laboratório dos alunos finalistas.

A partir de outubro, o retorno presencial dos demais estudantes será escalonado. Os campi vão definir a organização da transição e comunicar aos estudantes o passo a passo. De acordo com o Ifes, a instituição de ensino conta com diretrizes e protocolos de biossegurança, como distanciamento, uso de máscaras e número de pessoas permitidas em cada ambiente, para o retorno gradual seguro às atividades presenciais.

Além disso, estão mantidas as portarias que preveem que a presença de servidores e empregados públicos em cada ambiente de trabalho não deverá ultrapassar 30% do limite máximo de sua capacidade física, mantendo-se o distanciamento mínimo de um metro entre os agentes públicos, caso o município esteja classificado como de risco baixo no Mapa da Covid-19 do governo do Estado.

O protocolo também prevê que devem ser priorizados para a execução de trabalho remoto aqueles que se autodeclararam como parte de grupo de risco ou responsáveis únicos por criança em idade escolar.

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Comentários: 1

Lázaro Pacheco em Sábado, 23 Outubro 2021 20:45

Nos campi do Ifes no interior, há diretor(a) botando terror nos servidores dizendo que o governo vai cortar ponto de quem entrar em greve sanitária. Só se esquecem que há um baixo percentual de imunização completa da população do município, perto de 40%, que forçar retorno presencial põe em risco não só servidores mas também suas famílias, e que o trabalho remoto representa redução de custos sem perda da qualidade nos serviços.

Nos campi do Ifes no interior, há diretor(a) botando terror nos servidores dizendo que o governo vai cortar ponto de quem entrar em greve sanitária. Só se esquecem que há um baixo percentual de imunização completa da população do município, perto de 40%, que forçar retorno presencial põe em risco não só servidores mas também suas famílias, e que o trabalho remoto representa redução de custos sem perda da qualidade nos serviços.
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