Grupo Pad-Vix defende que gestão de Pazolini deve nomear aprovados no concurso de 2024

A gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) divulgou, nessa segunda-feira (6), dois editais para contratação de professores em Designação Temporária (DTs). A iniciativa vem sendo questionada pelo magistério municipal, já que em 2024 foi realizado concurso para docentes, portanto, defende o grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (Pad-Vix), é preciso nomear os aprovados.
Ambos os editais publicados contemplam carga horária de 25h e de 44h. O 019/2025 é para professores de Libras, Educação Especial: bilíngue e Educação Especial: deficiência visual. O 20/2025 abarca Educação Artística, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Dinamizador de Artes e Educação Física. Também há vagas, neste último, para Educação Básica III, com foco em Educação Especial: Deficiência Intelectual e Educação Especial: Altas Habilidades, além de Professor de Educação Básica IV, abarcando Função Pedagógica e Coordenador de Turno.
“É uma política de contratação, quando, na verdade, se tem necessidade de nomeação. Coloca os trabalhadores à mercê de uma lógica terrorista, onde são permanentemente ameaçados com a possibilidade de quebra de contrato”, diz o diretor executivo da Pad-Vix, Aguinaldo Rocha de Souza.
No concurso realizado em 2024, foram ofertadas 100 vagas para diversos cargos de professor da educação básica, todos com carga horária de 44h, além de 54 vagas para professor de educação especial para trabalhar com deficiências intelectual e auditiva.
Aguinaldo acredita que o edital de 2024, diante da carga horária, foi lançado em decorrência de iniciativas de “transformação de escolas em tempo integral por meio de canetada”. Ele defende que não há necessidade de contratação de DTs para a jornada de 44h, bastando nomear os aprovados no certame do ano passado. Quanto à carga horária de 25h, afirma que, “se há vaga, e acreditamos que tem, é preciso abrir concurso”. “Contratação não é para suprir vaga, mas para atender demanda imediata, como licença maternidade”, acrescenta.
Quando o concurso de 2024 foi lançado, a iniciativa também foi questionada, pois foi feito um certame na gestão de Luciano Rezende (Cidadania) cujo validade era até julho daquele ano e ainda tinha aprovados aguardando a convocação. O concurso era para carga horária de 25h semanais. Na ocasião, a Pad-Vix defendeu que, mesmo diante da integralização das escolas, era possível ter dois professores de uma determinada disciplina em uma escola em tempo integral, portanto, dois de 25 horas. O professor destacou também que era possível um professor com carga horária de 25 horas fazer carga horária suplementar. Aguinaldo defendeu que um novo concurso só poderia ser feito se o último já tivesse perdido a validade, se todos seus aprovados já tivessem sido convocados ou se o novo certame contemplasse somente áreas não abarcadas no anterior.