Terça, 30 Abril 2024

Majeski irá contatar MPES e Defensoria contra fechamento da Escola Paes Barreto

majeski_reuniao_paesbarreto_CreditosDivulgacao Divulgação

A manhã desta terça-feira (8) foi de reunião entre o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) e profissionais da educação que trabalham na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, na Praia do Suá, em Vitória. O parlamentar colocou seu mandato à disposição para as mobilizações pela manutenção da unidade e afirmou que irá contatar o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a Defensoria Pública (DPES), além de propor para a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa a realização de duas audiências públicas.

Uma, afirma, será sobre a Paes Barreto. A outra sobre a Escola Estadual de Ensino Médio Emílio Nemer, em Castelo, sul do Estado, que também está prestes a ser fechada. Uma das motivações da reunião, relata o deputado, foi procurar saber se houve diálogo entre a gestão de Renato Casagrande e a comunidade escolar sobre o fechamento da escola em 2021 para o início da obra de reconstrução, prevista para começar somente em 2022. 

"Não houve conversa. As pessoas souberam do fechamento através de um programa de TV. O secretário de Educação [Vitor de Angelo] estava dando entrevista, abriram para as perguntas dos telespectadores e um aluno perguntou porque não estava conseguindo fazer pré-matrícula. Foi quando o secretário disse que a escola seria fechada em 2021", relata o parlamentar. 

Majeski faz críticas não somente à falta de diálogo, mas também à ausência de apresentação de um projeto para a construção da escola e à distribuição dos alunos para outras unidades sem que se leve em consideração os problemas que isso pode gerar para os estudantes. "Eu imaginava que essa história de fechar escola, não ter diálogo, não ter sensibilidade em relação à realidade dos alunos e profissionais da educação, tivessem ficado no passado, no governo Paulo Hartung, mas as coisas continuam na base da imposição, sem conversa", desabafa. 

A reivindicação da comunidade escolar, segundo o deputado, é a manutenção da unidade, ou seja, a criação de uma infraestrutura na próprio Paes Barreto, para que as atividades do estabelecimento de ensino possam ser desenvolvidas. "O Paes Barreto é um Polivalente, os Polivalente são construídos em área muito grande. Apesar de parte do terreno ter sido transformado em garagem da Sedu [Secretaria Estadual de Educação] e outra parte tenha sido destinada à rua do Leonardo Da Vinci, ainda há muito espaço", diz. 

A distribuição dos alunos para outras escolas traria problemas. Um deles seria a evasão escolar. De acordo com Majeski, muitos alunos da Paes Barreto são de localidades como Jesus de Nazareth, Jaburuna, Morro da Garrafa, Itararé e Consolação, bairros no quais há rivalidade com outras comunidades, impossibilitando que as pessoas transitem de uma região para outra. Portanto, afirma o deputado, dependendo da escola para a qual o aluno for destinado, ele não poderá dar prosseguimento aos estudos. 

Durante a prestação de contas do governo Renato Casagrande nessa segunda-feira (7), na Assembleia Legislativa, Majeski apontou que, no Espírito Santo, existem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 94 mil jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. "Grande parte deles está fora da escola por causa de decisões como essa, por causa de fechamento de escola, de turmas, de turno. Ninguém é contrário à obra, mas o governo deveria reunir a comunidade, fazer diagnóstico para ter conhecimento dos problemas e demandas", defende o deputado. 

Outro problema é em relação aos alunos que trabalham, principalmente os da Educação de Jovens e Adultos (EJA), pois, segundo Majeski, muitos deles estudam na Paes Barreto por estar localizado próximo ao local de trabalho. Caso sejam encaminhados para uma escola distante, podem ter que abandonar os estudos.

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Comentários: 2

Robega em Quarta, 09 Dezembro 2020 10:57

Quem conhece Majeski que o compre...
Por mais que a causa seja justa, mas esse deputado adora um holofote, suas posições na ALES sempre são em apoio ao Centrão capixaba.

Quem conhece Majeski que o compre... Por mais que a causa seja justa, mas esse deputado adora um holofote, suas posições na ALES sempre são em apoio ao Centrão capixaba.
Matheus em Quarta, 09 Dezembro 2020 13:57

E a continuar no poder. A única coisa que ele quer. Tem medo de voltar a ter de dar aulas!

E a continuar no poder. A única coisa que ele quer. Tem medo de voltar a ter de dar aulas!
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