Quinta, 02 Mai 2024

'Lorenzo Pazolini dá com uma mão e tira com a outra'

pazolini_evento_redessociai Redes Sociais

A gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) divulgou nomes dos professores que obtiveram avanço horizontal no plano de carreira. A porcentagem, que era de 5% entre uma referência e outra, caiu para 4,2%. O grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix) questiona a atitude, chamando-a de "manobra contábil", uma vez que faz com que o reajuste salarial concedido em 2022 "não tenha efeito". "Pazolini dá com uma mão e tira com a outra", aponta o diretor-executivo da entidade, Aguinaldo Rocha de Souza.

Ele explica que, com o reajuste do ano passado, docentes de nível médio e de licenciatura foram contemplados com aumento de 26%. A porcentagem vai diminuindo com o avanço da titulação, terminando com 6% para quem tem licenciatura mais doutorado. Aguinaldo explica que, com a queda de 5% para 4,2% entre as referências, tira-se ao longo da carreira para colocar no início. Assim, o reajuste do ano passado acaba não fazendo diferença.

A mudança na porcentagem, afirma, foi discutida em reunião de negociação entre a gestão municipal, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e representantes da base da categoria. Porém, 
o diálogo ficou restrito à entidade sindical e aos representantes da Prefeitura de Vitória, já que a base não foi convidada a participar.

O professor critica a forma como a gestão anunciou em seus veículos de comunicação oficial a lista dos aptos à progressão, pois tratou do direito como se fosse uma concessão. "Isso é lei, está previsto no Plano de Cargos e Salários e no Estatuto do Magistério. Não é algo de iniciativa da gestão, a lei antecede a administração de Lorenzo Pazolini", afirma.

Ele destaca ainda o fato de que o momento atual é de inflação e a perda salarial dos professores de Vitória "é enorme". O diretor da PAD-Vix recorda que, no final da gestão do então prefeito João Coser (PT), o magistério não tinha perda inflacionária, mas passadas duas gestões de Luciano Rezende (Cidadania) e uma de Pazolini, que caminha para o terceiro ano, as perdas somam mais de 40%.

A reforma da Previdência, aprovada em janeiro de 2021, piorou a situação. Por meio dela, foi estabelecido desconto de 14% para os servidores a partir de um salário mínimo (R$ 1.302,00), ao contrário do que diz a legislação federal, de que poder incidir somente valores superiores ao teto de GRPS (atualmente R$ 6.432,77). A mudança afeta aposentados, ativos e pensionistas.

Veja mais notícias sobre Educação.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 02 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/