Professores apreensivos com retorno ao trabalho presencial em São Roque do Canaã
Os professores da rede municipal de São Roque do Canaã, região central-serrana do Estado, voltam a cumprir 100% da carga horária presencialmente nesta quinta-feira (1), o que tem gerado preocupação. A categoria alega que tem encontrado dificuldade de diálogo com a gestão do prefeito Rubens Casotti (MDB) para apresentar os questionamentos, além de não haver garantias de que o retorno presencial contará com as medidas sanitárias necessárias para prevenção à Covid-19.
Os professores recordam que no dia 18 de setembro foi liberado um ofício no qual o retorno presencial, sem os alunos, seria feito a partir de primeiro de outubro. O documento, segundo os trabalhadores, foi liberado na sexta, mas na segunda-feira seguinte o secretário de Educação, Marcos Antônio Wolkartt, entrou de férias. "Diretores das escolas tentaram reunião, mas a subsecretária falou que não pode tomar nenhuma medida sem a presença do secretário", dizem.Os professores relatam que o argumento utilizado pela prefeitura para o retorno presencial mesmo sem os alunos é de que em São Roque do Canaã tem poucos casos de Covid. Entretanto, afirmam que há professores que dão aula em escolas de outros municípios, como Colatina, Marilândia e Santa Teresa. Afirmam, ainda, que as escolas ainda não têm material suficiente para higienização, nem existe previsão de quando ele será disponibilizado para a comunidade escolar.
Outra preocupação é que, apesar de a prefeitura afirmar que todos trabalhadores serão testados no retorno presencial, os testes não serão feitos antes do início das atividades, assim como a visita da Vigilância Sanitária para averiguar o ambiente escolar. "Os professores irão para a escola, sairão de maneira alternada para fazer o teste, e voltarão para a escola", relatam. Também é motivo de questionamento o fato de que as pessoas com comorbidades deverão retornar ao trabalho presencial antes de procurar o médico e pedir um laudo. A situação se torna ainda pior, como apontam, pelo fato de que o laudo terá que ser analisado pelo jurídico.
Em relação ao retorno presencial dos alunos, autorizado pelo Governo do Estado a partir da próxima semana, os trabalhadores informam que a prefeitura está fazendo uma pesquisa com os pais e os profissionais da educação para ver a opinião deles. "Nós não vemos que há condições para o retorno presencial. E a prefeitura pode simplesmente falar que 'x'% acha que deve voltar. E aí, teremos que confiar nesses dados?", questionam.
Os professores procuraram o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), que garantiu averiguar as medidas judiciais cabíveis.
'Aulas presenciais não retornam em 2020', anuncia prefeito de Colatina
Sérgio Meneguelli afirmou nesta terça que retorno acabaria com o isolamento total na pandemia
https://www.seculodiario.com.br/educacao/aulas-presenciais-nao-retornam-em-2020-diz-prefeito-de-colatina
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Comentários: 1
Fazer politicagem e fácil , quero ver resolver os problemas de verdade. Esse povo q fica publicando essas besteiras , tinha que saber da realidade e ajudar, não atrapalhar mais