Manifesto de professores de São Gabriel da Palha repudia ataques à liberdade de cátedra
Os professores de São Gabriel da Palha, noroeste do Estado, se posicionam pela liberdade de cátedra em manifesto que conta com a assinatura de 50 entidades. A iniciativa foi tomada após o pai de um aluno da rede municipal expor nas redes sociais uma atividade da disciplina de Língua Portuguesa, apontando "apologia à ideologia de gênero". Os docentes ressaltam, porém, que o manifesto não reage a um fato isolado, mas um conjunto de ações que desmerecem a autonomia em sala de aula.
Entre as entidades que assinam o documento, estão o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH), Comissão de Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Movimento Interfórum de Educação Infantil do Brasil. Os docentes relatam que os ataques à liberdade de cátedra têm sido constantes, mas que antes ocorriam de forma mais sutil, não sendo exclusividade de São Gabriel da Palha, pois a situação tem sido cada vez mais corriqueira em todo o Brasil.No texto, intitulado "Manifesto pelo Direito e Liberdade de Ensinar", os professores repudiam atos que consideram desrespeitosos nas redes sociais, "nas quais são compartilhados recortes descontextualizados de atividades pedagógicas e informações que distorcem a verdade e afrontam o livre exercício da prática docente".
A atividade de Língua Portuguesa publicada nas redes sociais continha a seguinte pergunta: "Se eu fosse de outro sexo, qual seria meu nome?". Diante do questionamento, o pai do aluno escreveu no espaço da resposta que o filho não responderia a esse tipo de pergunta. Não somente a resposta do responsável na atividade foi compartilhada na internet, como também a seguinte frase: "Para quem não acredita em ideologia de gênero na educação infantil, isso aí é São Gabriel, atividade para criança de oito anos. Encarar a esquerda no Brasil não é para amadores".
Os professores defendem no manifesto a importância da participação da família no processo educacional por meio do diálogo. "Os pais têm liberdade de contestar, de procurar o corpo pedagógico, o professor, e não o expor publicamente", defendem os trabalhadores, que veem no manifesto um pontapé inicial para uma série de ações em defesa da liberdade de cátedra, além de enfatizarem a união da categoria em torno desse objetivo.
"Não citaram o nome do profissional que aplicou a atividade, mas foi colocado em xeque o trabalho do professor. Não somos levianos, irresponsáveis. Desmerecer nosso trabalho é muito duro. Não foi a minha atividade que foi exposta, mas quando falam de um professor, falam da classe inteira. Faço parte dela e, portanto, a agressão também foi contra mim", diz um docente.
Os ataques à autonomia do professor, segundo o manifesto, "são inconcebíveis em uma sociedade baseada em leis e planos que sustentam as políticas educacionais".
Os professores destacam que a exposição nas redes cerceia a liberdade de cátedra, garantida pelo Art. 206 da Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Art. 3º, incisos II, III e IV). "Com base nestas legislações, o professor tem a liberdade de ensinar, não podendo sofrer qualquer constrangimento por parte de terceiros", pontuam.
Os professores destacam que a exposição nas redes cerceia a liberdade de cátedra, garantida pelo Art. 206 da Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Art. 3º, incisos II, III e IV). "Com base nestas legislações, o professor tem a liberdade de ensinar, não podendo sofrer qualquer constrangimento por parte de terceiros", pontuam.
Eles afirmam ainda que a criminalização sofrida nas redes sociais é feita por parte de pessoas que defendem "uma pretensa neutralidade", mas estão "impregnadas de ideologia".
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Comentários: 13
Sinceramente, o que o Conselho pedagógico e professores de português do ensino público desse município quer despertar nas crianças de 8 anos de idade com atividades de valores invertidos como essa? Querer que uma criança venha se questionar enquanto seu sexo???.. rsrs é muito bizarro mesmo! É um desfavor a nossa sociedade! A família! E a ela mesma! Pois devemos incentivar nas crianças e demais alunos, a se questionarem perante seu CARÁTER, BONDADE, BELEZA DA VIDA E DOS ATOS DE SERVIR AO MUNDO, AOS ANIMAIS, FLORESTAS ETC.. TUDO EM CIMA DO CAMINHO DA VERDADE !!! E assim esses "educadores", fazendo o contrário disso, valorizando mais e de forma invertida..as questões sexuais, estão desconstruindo a essência do bem, do belo e do Verdadeiro em cada criança!!!. Vejo que esses ditos educadores.. precisam mesmo é de muita terapia urgente e serem afastados dessa função, já que perderam a noção dos verdadeiros valores sociais da vida!
Parabéns a esse pai responsável, professor não é para ensinar essa nojeira, professor é para ensinar português, matemática, etc. Se fosse meu filho faria o mesmo, temos que lutar contra essa cambada da esquerda que usam a sala de aula para implantar essa ideologia nefasta em nossas crianças.
Parabéns ao pai deste aluno! QUER ENSINAR ESSE LIXO vai pra CUBA.
Qta gente nurra frequenta o Século Diário. To surpreso.
Antescas pessoas tinham vergonha de serem burras. Hoje elas tem orgulho.
Qta gente burra frequenta o Século Diário. To surpreso.
Antes as pessoas tinham vergonha de serem burras. Hoje elas tem orgulho...
Esse pai agiu corretamente. Quantos casos parecidos e/ou piores acontecem e são abafados pela própria instituição. E nada é feito. Mas quando vem a público é outra coisa. Parabéns ao pai pela coragem. E quanto aos professores querendo "liberdade", precisam querer também bom senso. Pelo visto está em falta.
os professores repudiam atos que consideram desrespeitosos nas redes sociais, "nas quais são compartilhados recortes descontextualizados de atividades pedagógicas e informações que distorcem a verdade e afrontam o livre exercício da prática docente"
As crianças precisam entender sobre diferenças de gêneros sexuais, para não serem molestadas por pedófilos militares de direita que defendem ser cidadãos de bem, mas são falsos moralistas hipócritas. Vejam as estatísticas!
Ñ nessa idade, com oito anos. Esse assunto deve ficar pra família conversar, e não a escola. Como sempre é colocado; escola tem de ensinar português, matemática, geografia ....
Saber a diferença entre gêneros sexuais é uma coisa (e isso não protege a criança de pedófilos coisa nenhuma!), e a indução a uma troca de gênero, onde numa situação educacional comum ela não ficaria nem um pouco confusa em relação a seu gênero é outra bem diferente! Vocês ficam querendo impor as vontades torpes de vocês apenas para "lacrar", porque seguem à risca tudo o que a mídia dita e acham que isso é o máximo. Vocês pagam de modernos, mas são só tolos que só querem gerar caos.
Minha solidariedade aos/as professores/as de São Gabriel. A Constituição Brasileira, bem como a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDBEN, estabelecem a democracia como princípio da educação, garantindo aos pais, mães e responsáveis o direito de participar da vida da comunidade escolar. Garante que participem do Conselho Escolar e das definições do Currículo a ser desenvolvido pela unidade escolar. Cabe uma pergunta: Como é a participação deste pai na vida da escola? Qual a sua contribuição , participa das reuniões de atendimento pedagógico, contribui com o Conselho Escola? Pai, o professor/a e a escola como um todo, não teme opinião adversa, teme acusação infundada, com o objetivo apenas de cercear a liberdade de ensinar preconizada pela legislação brasileira. Pai! sai do seu "porto seguro", vai participar do cotiano da escola, leva seus questionamentos, contribuições......
Não vi o vídeo, mais fazer uma pergunta dessas para uma de 8 anos, realmente está totalmente fora do contexto. E com essa pergunta está querendo ensinar o q para criança????
Parabéns aos pais do aluno. Coisas como essa tem q ser denunciadas