Sexta, 26 Abril 2024

Sindiupes recorrerá ao MP e à Câmara contra militarização de escola em Montanha

A intervenção do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) será pedida na próxima semana visando impedir a concretização da proposta da prefeita de Montanha, Iracy Baltar (DEM), de transformar uma escola fundamental do município em escola militar. 
 
A informação é do professor Ildebrando José Paranhos, da Secretaria de Comunicação e Divulgação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes). Ele anunciou que uma outra providência do sindicato será recorrer à Câmara Municipal, visando alertar os vereadores da gravidade da medida, e pedindo rejeição do projeto da prefeita. 
 
No caso de a prefeita Iracy Baltar apresentar seu projeto para criação da escola militar e houver reunião extraordinária da Câmara Municipal no atual recesso legislativo, o Sindiupes se fará presente. Havendo risco de votação, o magistério se mobilizará, e também convidará a sociedade local a participar dos protestos. Vigilantes sobre os passos da prefeita estão os representantes do Sindiupes em Pinheiros e Mucurici. 
 
Ildelbrando José Paranhos informou que o projeto de militarização das escolas no Brasil  surgiu a partir  da criação das chamadas Escolas Sem Partido. E se trata de projetos que visam afastar do processo educacional disciplinas como sociologia e filosofia, que têm a função de possibilitar ao educando fazer suas opções de vida. 
 
Em lugar de conteúdos que tornam o aluno atuante, capaz de fazer escolhas, os estudantes são doutrinados a obedecer, dentro da concepção dos militares de disciplina e hierarquia, que são os pilares da doutrina militar. 
 
O dirigente do Sindiupes lembra que a sociedade não quer uma educação como a praticadas nas escolas militares. E que para barrar projetos desta natureza, os professores estão mobilizados.
 
No caso da proposta da prefeita de Montanha, criticas à prefeita Iracy Baltar foram disparadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)  e também pela direção estadual do Psol no Espirito Santo. O Psol argumenta que a  militarização de escola em Montanha  afronta a Constituição Federal.
 

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