Sexta, 03 Mai 2024

Tempo integral vai ser debatido em Tabuazeiro com técnicos da prefeitura

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O vereador de Vitória Anderson Goggi (PP) vai realizar uma reunião nesta terça-feira (17) com a comunidade escolar do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro, às 18h30, na unidade de ensino. A pauta é a adoção do modelo integral a partir de 2024. A mudança, anunciada pela Secretaria Municipal de Educação (Seme), tem encontrado resistência na comunidade escolar, que aponta falta de diálogo no processo de implementação.

Pai de estudante do CMEI, José Carlos Durans relata que assim que a adoção do modelo integral foi anunciada pela Seme, a comunidade procurou o vereador para intermediar a questão. Contudo, recebeu como resposta de Goggi que ele havia reivindicado à gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) a construção de uma nova unidade de ensino para funcionamento integral, e não a criação de uma unidade de tempo parcial ou com horário misto, que contemple também, portanto, o modelo integral.

José Carlos afirma que, mesmo após a coleta de 482 assinaturas no abaixo-assinado feito pela comunidade escolar para fazer sua reivindicação, não houve procura por parte do vereador para debater o assunto, o que aconteceu somente depois de pressão em suas redes sociais por parte da comunidade. Em uma publicação compartilhada po Goggi, é informado que o encontro contará com a presença de técnicos da Seme, mas não fala sobre a possibilidade de participação da secretária de Educação, Juliana Roshner. 

O Jacy Alves Fraga é o único CMEI do bairro. Na impossibilidade de matricular as crianças no tempo integral, a única saída seria procurar unidades de ensino de bairros vizinhos. No entanto, a violência é apontada como um impeditivo, pois a locomoção dos moradores entre as comunidades não é bem vista pelo tráfico. Os responsáveis pelos estudantes também questionam que, no período integral, as aulas terminarão às 16h, o que os impossibilitaria de buscar as crianças, por ser horário de trabalho.

A prefeitura disse que o CMEI irá funcionar de forma integral em uma nova infraestrutura, que está sendo construída. Em reunião entre a comunidade escolar e Juliana Roshner, foi proposto que isso acontecesse, mas que o atual imóvel continuasse funcionando como um CMEI, só que não de forma integral, para atender a demanda de quem não pode ou não quer aderir ao outro modelo. Há ainda aqueles que defendem a possibilidade de permanência da criança em casa em um turno, o que entendem como um direito das famílias.

Contudo, a secretária de Educação falou que, para continuar usando o imóvel para esse fim, seria necessário fazer mudança na infraestrutura, como a construção de uma cozinha, já que a alimentação é trazida de fora. Foi sugerido, então, que as mudanças estruturais fossem feitas, o que não foi acatado pela gestão municipal. Outro problema é a imposição aos docentes da atuação em tempo integral, portanto, quem tem cadeira em outros municípios ou na rede estadual de ensino, teria que optar por uma delas. A tendência, neste caso, é que os profissionais saiam de Vitória, já que a cidade paga o menor salário para o magistério na região metropolitana.

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