A Justiça Federal confirmou, nesta quarta-feira (28), o resultado da eleição na subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-ES), em Vila Velha. A recontagem de votos aconteceu durante audiência do processo movido pelo advogado Gustavo Bassini Schwartz contra a entidade, na 3ª Vara Federal Cível de Vitória. Foram contabilizados os mesmos 928 votos para a chapa vencedora, encabeçada pelo advogado Ricardo Ferreira Pinto Holzmeister.
De acordo com informações da OAB/ES, a única diferença identificada pela nova contagem ocorreu com os votos obtidos pela chapa derrotada, que contabilizou 614 novos – um a menos do que o registrado na totalização dos boletins de urna na época do pleito, realizado em novembro do ano passado.
A recontagem dos votos havia sido determinado pelo juiz federal Roberto Gil Leal Faria, que examina uma ação ordinária movida pelo advogado Gustavo Bassini. No processo, o candidato derrotado levantou a suposta existência de fraudes nas eleições internas. O processo segue em fase de instrução, quando devem ser apuradas outras denúncias relacionadas ao pleito.
No início do mês, o juiz federal havia indicado que as investigações vão elucidar as suspeita da prática de “boca de urna”; a suposta negativa de OAB-ES em fornecer cópia da ata eleitoral; eventuais ocorrências de crimes eleitorais; participação de servidores da Ordem em atividades de campanha eleitoral, bem como o suposto descumprimento de uma decisão judicial que vedava o candidato derrotado de enviar propaganda aos eleitores da subseção.
O presidente da seccional capixaba da Ordem, Homero Mafra Junger, ratificou a lisura da entidade no pleito. “Suportamos calados ataques, insultos, despropósitos. Nós tínhamos, como temos, plena convicção da correição do nosso agir. A recontagem feita pela Justiça Federal demonstrou isso. Espero que agora os ‘detratores’ venham a público e reconheçam a lisura do pleito. De qualquer forma, a advocacia sabe que nós não nos afastamos da nossa forma de agir”, afirmou, em nota enviada à imprensa.
Já o advogado Gustavo Bassini afirmou à reportagem que esperava um resultado da recontagem dos votos próximo aos números divulgados à época pela entidade. “Não esperava outro resultado após a sequência de acontecimentos dentro da ação. O processo tem várias etapas para acontecer e o pleito está longe de acabar”, garantiu, rechaçando a pecha de “detrator”. O advogado se diz confiante na apuração realizada pela Justiça Federal.