Rodolpho Diir e mais dois servidores são acusados de desvios de dinheiro
A Justiça determinou, nesta quinta-feira (12), o uso de tornozeleira eletrônica pelo vereador de Rio Novo do Sul, Rodolpho Diir (Republicanos), ex-presidente da Câmara Municipal e reeleito em 2024. Ele é acusado dos crimes de associação criminosa, peculato e não repasse de contribuições à Segurança Social.

O caso envolve, ainda, os servidores Daniel da Silva, que também terá que fazer uso da tornozeleira, e Leandro José dos Santos Santana, que foi preso preventivamente. Os três denunciados foram afastados de seus cargos em março deste ano, após investigações da “Operação Sangria”.
As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado (MPES) apontaram, segundo o órgão ministerial, que Leandro, com apoio de Daniel e do vereador Rodolpho Longue Diir, desviou mais de R$ 545 mil em verbas públicas, causando prejuízo aos cofres do município e danos extrapatrimoniais de mais de R$ 1 milhão.
As irregularidades ocorreram, sobretudo, durante o mandato de Rodolpho como presidente da Câmara, no biênio 2023-2024. A Justiça também pediu a decretação da perda dos bens e valores adquiridos como produto direto do crime, entre outras restrições, como impedimento de acessar as dependências da Câmara e da prefeitura e de manter contato com servidores.
Os crimes atribuídos a Leandro José Santos Santana são associação criminosa, peculato, não repasse de contribuições à Segurança Social, falsificação de documento público e peculato digital. Já Daniel da Silva é acusado de associação criminosa e peculato.
O MPES requereu, ainda, que os denunciados sejam condenados solidariamente à reparação dos prejuízos causados à Câmara de Rio Novo do Sul, em valor a ser alcançado após a instrução processual, até o momento apurado em R$ 545,9 mil, bem como à reparação pelos danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 1 milhão.
A “Operação Sangria” foi deflagrada em março deste ano. Foram apreendidos computadores, aparelhos de celular e documentos que pudessem corroborar com as provas já produzidas pelo Ministério Público. O caso foi investigado pela Promotoria de Justiça de Rio Novo do Sul, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar.