Domingo, 05 Mai 2024

Caso Maria Nilce: júri popular de ex-policial fica para 2013

Caso Maria Nilce: júri popular de ex-policial fica para 2013

O juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Marcelo Soares Cunha, adiou, pela terceira vez, a realização do júri popular do ex-policial civil Romualdo Eustáquio da Luz Faria, o Japonês, acusado de participação na morte da colunista social Maria Nilce dos Santos Magalhães, ocorrida há 23 anos. Em despacho proferido nesta quarta-feira (5), o juiz manteve ainda a prisão preventiva do ex-policial até o julgamento, que deverá ser incluído na primeira pauta do júri no próximo ano. 



O juiz verificou que a defesa do réu não havia sido intimada sobre o laudo de sanidade mental do réu e do pedido de impugnação feito pelo Ministério Público. Com a proximidade da data marcada para julgamento, no próximo dia 11, o prazo para resposta da defesa – de cinco dias – seria insuficiente para a realização do júri, adiado em novembro em função da demora na liberação da perícia. 



“Logo, considerando a proximidade do julgamento designado, por tratar-se de processo volumoso e deveras complexo, determino a sua retirada de pauta, que deverá ser incluído na primeira do ano de 2013”, determinou o magistrado. 



No despacho, o juiz Marcelo Cunha também manteve a prisão de Japonês sob justificativa do risco de uma nova do ex-policial. Ele cita que a “conduta furtiva” do réu durante o processo atrasou por mais de um ano a realização do julgamento. 



O júri popular havia sido marcado inicialmente para o dia 10 de julho deste ano, quando a defesa levantou a tese de insanidade mental de Japonês, acusado de ter subcontratado os pistoleiros que deram cabo à vida da colunista social. Por conta desse questionamento, o júri foi remarcado para o dia 6 de novembro, mais uma vez, sem sucesso.



O ex-policial civil é o último dos réus acusados de matar a colunista social Maria Nilce, cuja morte teve ampla repercussão social – tanto que o caso foi enquadrado no sistema “Por onde anda?”, instituído pelo atual presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, que monitora os casos de maior notoriedade.  



Maria Nilce foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como “Sindicato do Crime”. Ela chegava à Academia Corpo e Movimento, na rua Aleixo Neto, Praia do Canto, em Vitória, por volta das 7 horas, em companhia de sua filha.  



As investigações da Polícia Federal apontaram como mandante o empresário José Alayr Andreatta, que já foi condenado pelo júri e está foragido da Justiça. Ele teria contratado Japonês, que, por sua vez, teria subcontratado os pistoleiros José Sasso e Cezar Narciso. O pistoleiro José Sasso morreu envenenado na prisão.  



Outro acusado no caso Maria Nilce foi o piloto Marcos Egydio Costa, que deu fuga em seu avião aos pistoleiros. Ele também seria julgado nessa terça-feira, mas foi assassinado no dia 27 de janeiro deste ano, em Jacaraípe, na Serra, dentro de seu estabelecimento comercial.  



Também chegou a ser acusado de participação no crime o policial civil Charles Roberto Lisboa, mas, em sentença assinada no dia 17 de maio de 2011, o juiz Marcelo Soares Cunha considerou improcedente a acusação feita contra Charles. 

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Segunda, 06 Mai 2024

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