Sexta, 26 Abril 2024

Apenas 31% dos índios do ES vivem em terras tradicionais

Apenas 31% dos índios do ES vivem em terras tradicionais

O  Espírito Santo possui apenas 31,35% de sua população indígena vivendo em terras tradicionalmente indígenas, segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 9.585 índios do Estado, apenas 3.005 vivem nos 18,9 mil hectares de terras indígenas, onde estão localizadas as  aldeias Tupinikim e Guarani, no município de Aracruz, norte do Estado. 

Segundo o IBGE, o censo aprimorou a investigação sobre a população indígena no País, introduzindo novos critérios de identificação internacionalmente reconhecidos, como a língua falada no domicílio e a localização geográfica, tornando-o mais eficaz.  Entre outros critérios, definiu-se as pessoas indígenas também por declaração de pessoa que vive em terra indígena e pessoa residente fora das terras indígenas que se declararam indígena. 
 
No Espírito Santo, dos 3.005 indígenas que vivem nas aldeias, a maioria são homens e jovens entre 15 e 24 anos. Ao todo, o IBGE registrou 1.530 homens e 1.475 mulheres nas aldeias indígenas no Estado. O censo aponta que esse equilíbrio entre os sexos também foi observado no total de área de indígenas observados (100,5 homens para cada 100 mulheres), com mais mulheres nas áreas urbanas e mais homens nas rurais. 
 
No Brasil, foram registrados 896,9 mil indígenas, 36,2% em área urbana e 63,8% na área rural. O total inclui os 817,9 mil indígenas declarados no quesito cor ou raça do Censo 2010 (e que servem de base de comparações com os Censos de 1991 e 2000) e também as 78,9 mil pessoas que residiam em terras indígenas e se declararam de outra cor ou raça (principalmente pardos, 67,5%), mas se consideravam “indígenas” de acordo com aspectos como tradições, costumes, cultura e antepassados. Também foram identificadas 505 terras indígenas, cujo processo de identificação teve a parceria da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) no aperfeiçoamento da cartografia.
 
Além dos Tupinikim e Guarani que vivem no Estado, o Censo 2010 registrou no País a presença de mais 303 etnias e 274 línguas indígenas. Já entre os  indígenas com 5 anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% português.
 
Apesar da taxa de alfabetização ter sido considerada mais alta que em 2000, a informação do IBGE é que a população indígena ainda apresenta nível educacional mais baixo que o da população não indígena, especialmente na área rural. 
 
No Estado, foi identificado que das 2.224 pessoas indígenas de 10 ou mais anos residentes no território indígena, 2.026 são alfabetizadas, 193 não são alfabetizadas e cinco não declararam. 

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