Terça, 21 Mai 2024

Associação de catadores de Vitória completa 14 anos de reciclagem

Associação de catadores de Vitória completa 14 anos de reciclagem

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Vitória (Ascamare) completa 14 anos nesta segunda-feira (13). A Ascamare é uma das associações que trabalha no serviço de coleta seletiva na Capital capixaba e tem motivos para comemorar.

 
Segundo Jociara Santana Antonio, vice-presidente da associação, a sociedade, atualmente, vê “com bons olhos” o trabalho do catador de material reciclável, respeito que nem sempre era notado no início dos trabalhos da Ascamare, em 1991.
 
Ela disse que a Prefeitura de Vitória atende à demanda da associação, mas a assistência à saúde do catador ainda deixa a desejar. Há catadores que trabalham desde o início da associação, por exemplo, e não sentem mais o mau cheiro do lugar – natural, uma vez que ali se trabalha com o que já foi lixo para alguns e passa a ser renda para outros.
 
“Temos assistência médica quando somos admitidos e quando saímos definitivamente do emprego. Mas no meio disso, não sabemos como está a saúde dos nossos catadores. Pedimos que o lixo seja separado, mas muitas vezes vêm seringas, cacos de vidro e até fraldas descartáveis”, afirma Jociara.
 
Para separar o lixo reciclável do lixo orgânico e não-reciclável, mais de 150 postos de coleta funcionam em 47 bairros da Capital. Os chamados Postos de Entrega Voluntária (PEVs) recolhem cerca de 180 toneladas de lixo reciclável por mês.
 
Entretanto, apenas 3,5% de todo o lixo são recolhidos na Capital. Esse percentual é destinado à reciclagem. Em Goiânia, o percentual é de 9%. Já em Curitiba, cidade campeã na atividade, cerca de 23% do lixo tem tal destinação.
 
O percentual não poderia ser mais otimista em uma cidade em que nem todos os bairros – atualmente, 47, de um todo de 79 – possuem um posto público de coleta de lixo reciclável.
 
Em alguns lugares, os moradores sequer sabem que tal serviço existe, dada a pouca divulgação do trabalho e o fato de que os coletores estão dispostos, por exemplo, dentro de escolas e órgãos públicos, lugares em que poucos moradores sabem o que existe além dos muros.
 
A Associação dos Moradores do bairro Goiabeiras, por exemplo, nem sabia da existência do PEV que, teoricamente, atende à comunidade, localizado no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
 
Jociara considera que a coleta ainda é restrita e que se os moradores de toda a cidade tivessem mais informação sobre os postos de coleta e sobre a forma adequada de se fazer o descarte, o serviço poderia ser potencializado e a quantidade de resíduo destinada à reciclagem poderia ser ainda maior.

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