Quinta, 25 Abril 2024

Camburi: estudo sobre minério é contestado

Camburi: estudo sobre minério é contestado

Os frequentadores da Praia de Camburi, em Vitória, rebateram a informação divulgada pelo jornal A Gazeta desse domingo (16), em que o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) afirma que o minério na areia da praia vem da natureza. Segundo eles, além da jazida com 150 mil metros cúbicos de minério que está depositada no fundo do mar, é visível o escape de material particulado na Ponta de Tubarão.

 
O Iema diz que o estudo feito pelo órgão e pela Universidade Federal do Estado (Ufes) concluiu, a partir de três amostras da areia da praia e também do pátio da empresa Vale, que o minério da empresa é diferente do encontrado na Praia de Camburi. O material encontrado nas areia seria maior, mais opaco e desgastado pelo tempo, além de ter uma presença maior de hematita. Já o ferro encontrado na areia, não teria relação com a Vale. Mas os frequentadores da praia não concordam com a explicação e cobram que o estudo seja divulgado para a população. 

 
 
Para a Associação de Amigos da Praia de Camburi (AAPC), não é possível confiar no monitoramento feito pelo Iema na região. Com imagens feitas nesse sábado (15), eles apontaram falhas no monitoramento do órgão, que há anos defende que as atividades na Ponta de Tubarão não têm influência na qualidade da areia da Praia de Camburi. 
 
Em 2011, amostras coletadas pelo Laboratório Tommasi, seguindo as normas de praxe, constatou a presença de minério de ferro na praia. A quantidade, segundo o laudo técnico, foi de 13.290,00 mg/kg dentro do mar e 11.190,00 mg/kg a 5 km de distância no local anterior.                                                                                                                                          
 
Frequentadores da praia afirmam que o minério está se desprendendo da jazida de 150 mil metros cúbicos - formada por despejo de minério pela Vale no mar de Camburi -  e contaminando a areia da praia.  Em alguns pontos, a camada é tão densa que chega até a quatro centímetros de profundidade, como aponta a entidade. 
 
Além do derramamento de minério até o ano de 2002, a Vale também derramou minério na praia no início deste ano, conforme confirmação do Iema. Mas nem a quantidade de minério, nem o grau de impacto foram divulgados pelo órgão, na ocasião.  

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